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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

A qualidade do trabalho em um futuro possível











Uma vez que a comunidade da tecnologia, se organiza, para participar de forma ativa das soluções para os desafios que a sociedade oferece, não só o trabalho, mas também outros campos da ciência adquirem novos significados. Porque não adianta focar no desenvolvimento tecnológico sem aliar o conhecimento a outros ramos da ciência. Como um movimento que nasceu da guerra, isso trás consigo para a sociedade civil, a mesma teoria com viés mercadológico de guerra, que são a constante vigilância, a constante necessidade de geração e consumo de informação, a automação de disparo usados não só na linha de montagem mas também em sistemas de sensores de segurança ou para compras e mecanismos de proteção e segurança.

E para isso , toda comunidade mercadológica se organizar pra criar um ambiente propício para que essas ferramentas se transformem em commodities. Ao assumir esse princípio, os grandes monopólios tendem a subutilizar e rejeitar conceitos como a ciência política, humanas e a biologia para se sobrepor como mercado. E uma vez estabelecidos parâmetros de estudo, de forma que seu desenvolvimento não seja vista como ameaça ao setor, mas como a possibilidade de desenvolver uma sociedade organizada, é possível direcionar a tecnologia de modo que não haja competição com o trabalho.

 A partir daí, os governos exercem a sua função que é regulamentar o mercado, para incentivar tecnologias que contribuem para geração de emprego.


Uma possibilidade seria incentivar o crescimento de monopólios cujo a sua expansão tem a capacidade de gerar empregos equivalentes. Por exemplo, todo monopólio trabalha com a expectativa de consumidor que deseja alcançar para estabelecer seus negócios. Em uma concorrência perfeita, se duas empresas do mesmo setor ocupassem a mesma região, cada uma teria 50% do mercado. Mas não é assim que funciona no capitalismo. E as variáveis de consumo passam desde o preço do produto, o custo da matéria prima até o custo da mão de obra. E é aqui que a robótica e a automação começam a competir com o trabalho.

Para melhorar o seu desempenho , as empresas precisam buscar soluções. E uma alternativa através da regulamentação do estado, é o barateamento do custo do empregado. É preciso gerar um sistema de compensação eficiente para que o modelo de geração de emprego funcione, sem afetar a qualidade e as garantias do trabalhador. Através do gerenciamento dos incentivos fiscais (impostos) , é possível negociar uma nova variável de demanda , como a diminuição dos turnos de trabalho ( para gerar mais empregos) , mantendo garantias dobrando o valor a hora trabalhada e incentivos a tecnologia aliadas ao trabalho, e não substitutas. Aplicando incentivos direcionados, cuidando que esse variante não seja um fator inflacionário.

Mas isso não basta. É preciso repensar trabalho na sua função e ofício. O tipo de atividade podem ser divididas em três áreas de atuação. O setor primário, que garante o fornecimento de matéria prima, como agricultura e mineração; o setor secundário representado pelas indústrias e o setor terciário de comércio e serviços. A robótica já é uma realidade nos setores primário e secundário preenchendo o lugar da mão de obra operacional e o que requer a força física. Hoje , essa realidade já se faz presente no setor terciário, com a substituição de processo de atendimento, por serviço de automação.


O que pode ser entendido, é que o trabalho braçal e manual é o que vem sendo substituído pelas máquinas e ainda que tenha dominado 2/3 da área de atuação, não tem como prevalecer no setor de serviços. Mas esse último setor comporta a demanda de geração de emprego? A resposta é não. Considerando que o trabalho é uma atividade essencial para sobrevivência e manutenção da qualidade de vida, o problema de má distribuição de renda é intensificado. A educação, apesar de ser fundamental, não vai resolver a vala que se cria entre a pobreza e a riqueza, intensificando a distância entres as classes.

 Sem contar o quanto isso afeta a demanda de consumo. O ofício em si, que empregam as tarefas braçais e manuais precisam de um substituto que absorva esse contingente de pessoas, não só pela manutenção de classes, mas também pela manutenção do estado. Enquanto isso, funções que tenham o trabalho intelectual exercendo o conhecimento teórico e científico, seguem incólume. Até o dia em que essa diferença atingir o colapso.


O que a tecnologia representa em nossas vidas?







Uma vez que a tecnologia e a ciência , já fazem parte do nosso convívio, cabe a nós dizer que posição ocupará em nossas vidas. Existem maneiras, de forma pacífica ,para trilhar esse caminho sem que ocupe na sociedade o espaço além do que lhe cabe. Isso começa através da própria comunidade cientifica, direcionando seus esforços para contribuições mais cooperativas. A medida que a tecnologia foi se desenvolvendo, até se transformar em commodities, percorreu o caminho da comunicação, artefatos de produção armamentista , para depois explorar a logística industrial e influencia toda comunidade gamer com jogos de simulação de guerra e aventura sociais.

Hoje a tecnologia explora a inteligência artificial e a capacidade de resolver problema complexos com algorítimos, a substituição do trabalho humano como força tarefa, a otimização da vigilância, a mecanização dos processos de compra e automação por commodities, como celulares e carros que andam sozinhos.

Mas para quê serve tudo isso? A maioria das soluções mantêm o seu foco para alimentar anseios da elite. Ou seja , até aqui não há a preocupação em garantir uma integração social com as máquinas, apenas substituir a presença humana. Se por um lado resolve o problema logístico para grandes monopólios, por outro lado provocam um certo colapso na relação do indivíduo com o trabalho. A capacidade de tomar decisões podem ser substituídas por máquinas? Atribuir personificação sentimental dá um caráter humano e substitui a função do criado. Uma necessidade típica de um grupo elitista.

O uso de máquinas no trabalho é um capítulo a parte. Ela pode substituir uma cadeia inteira de processos, o que é excelente para a produção, com menos custos de mão-de-obra e aumento dos lucros dos monopólios, mas deixa um vazio para a classe de trabalhadores que perdem a função nesse espaço, diminuindo drasticamente a capacidade do setor de gerar emprego, no ramo industrial.




Já a vigilância, ganha um caráter mercadológico, através de táticas de guerra para promover o controle social típico dos estados neoliberalistas. Aumentando e difundindo esse poder na mão de poucos.




E por fim a mecanização dos processos de compra com menos intermediário direto de vendedor afetando a geração de emprego no setor de serviços e a automação de pequenos processos diários como streaming de músicas, aplicativos , como forma de inovar em setores e serviços que entraram em declínio, para manutenção e criação de novos mercados.

A renovação necessária na era da tecnologia









Como as novas tecnologias podem estar voltadas à inovações necessária?  Basta que a comunidade científica se dedique, sem restrições políticas, aos desafios da sociedade moderna. Existem pelo menos alguns problemas dos quais a comunidade científica pode direcionar seus esforços.

A primeira delas, é a biotecnologia. Hoje ela está voltada na produção de alimento em larga escala, a conservação, os produtos geneticamente modificados que também são fontes de reação duvidosa pelo organismo humano. Afim de atender a demanda mercadológica.


 Ao mesmo tempo , deixa de lado a construção das micro cadeias alimentares. Ambientes, urbanos, rurais, áreas preservadas constantemente entram em conflito devido ao aumento da população, entre outros fatores. O ser humano não tem uma visão clara de como seu desenvolvimento, afeta os outros. E nem como esses outros espaços afetam a nossa sobrevivência. O homem é capaz de recriar estruturas urbanas em outros ambientes, paisagens que tem como objetivo referência estética, de progresso e longevidade, transportar bacias de água para criar represas e projetos de irrigação ,buscar metais preciosos. Mas são soluções que trabalham com que já existe, o homem não cria nada. Modifica o seu entorno e interfere nos ecossistemas, produzindo ilhas de calor, provocando extinção de espécies, diminuindo áreas vegetação nativa, alterando processos geológicos que ocorreriam em milhões de anos, alterando ciclos chuvas, provocando desertificações e a altera a perpetuação de cadeias alimentares, seja animal ou vegetal. Diante dos desafios de crescimento populacional, como é possível manter os ambientes rurais, urbanos e ecossistemas em equilíbrio?

Há ainda questões a serem resolvidas como, por exemplo, os efeitos nocivos causados pela indústria tipo, a poluição, produção de lixo, o descarte típico da depreciação do produto ao longo dos anos e a reciclagem. De forma que a indústria consiga controlar todo o processo de uso, ao invés de se limitar até o momento da compra do produto.


Por fim temos a relação do homem com as novas tecnologias. A máquina não gera emprego, retira. Então é preciso pensar como inserir a máquina no contexto do trabalho. Para isso é preciso ter a percepção da divisão entre os operacionais e técnicos; os de operações genuinamente táticas e os cargos estratégicos. E a melhor das hipóteses , seria projetar a força e a capacidade de produção na máquina, sem deixar que a capacidade técnica humana seja substituída. E aqui cabe uma discussão mais aprofundada sobre o futuro do trabalho.