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sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Como qualificar e viralizar conteúdo


Qualificar e viralizar conteúdo , tão simples quanto 20 postagens por dia, 7 vezes na semana, 50 comentários respondidos por hora , certo? Basta dizer o quanto você se importa com o meio ambiente: as árvores são lindas ; vamos todos juntos fazer uma saudação ao sol com uma salva de palmas!

Seja você um influenciador formalizado ou uma empresa, quiçá até um simples cidadão querendo chamar a atenção dos amigos, a tecnologia nos proporcionou várias formas de espalhar nossa “ mensagem ” para o mundo. Com os diversos apps , você expressa sua opinião, faz dancinha coreografada e mantêm a defesa de um estilo de vida. E onde tem gente, as empresas vão atrás pra se enturmar , entreter e vender.


Esse é um mercado que se estabeleceu de uma forma muito orgânica, a medida que se multiplicaram tecnologias que possibilitaram usar recursos, antes exclusivos do campo publicitário. Cada indivíduo virou seu próprio comunicador, em seu próprio clubinho de fama. Desde então surgiram várias questões: as empresas precisam de intermediários para chegar no cliente? ; os influenciadores podem competir contra agências? ; como ficam a relação das marcas com o público? ; como ficam as relações da marca com a agência? ; e os resultados?


O mercado, que antes era só a publicidade de 30 segundos no intervalo de um show na TV, agora se desdobra pra adaptar, e controlar, novos formatos do qual não tem todo o controle ( e a conta ) em suas mãos. Porque todo mundo pode ser um potencial apresentador, comunicador ou artista, atraindo um grande público de forma orgânica, organizada e fiel.


Não sei se você entende a guerra que começa a partir desse ponto. Publicidade é um mercado que gera bilhões de dólares corrente. Que de repente foi ameaçado e desafiado por um fenômeno chamado internet. A indústria do entretenimento em todo o mundo, mudou em prol de um simples clique. Porque além de tudo, oferece resposta imediata.


Desde então surgiram regras e até legislação , governamental ou não, que limitam a atuação desses novos tipos de celebridades em prol da proteção de um mercado. São os monopólios interferindo no livre mercado. Quem perde com isso? E quem ganha? Essa nova profissão, que não é devidamente regulamentada, a não ser que se denomine como artista, fica a mercê do escrutínio de um grupo que impõe as barreiras que lhe for melhor conveniente. E esse novo profissional está pronto pra enfrentar o domínio de uma concorrência imperfeita? Ou está iludido pela busca da fama fácil ?


Até que se estabeleçam protocolos, ninguém está seguro. Nem as marcas. Até porque o outro lado da fama é achar que pode tudo. Desde a cultura do cancelamento, sabotagens , fake news até a incitação ao ódio, por deboche ou diversão. Quando as pessoas querem aparecer, porque consideram como um prestígio serem vistas como importantes, estão dispostas a tudo. Não há barreira de entrada que estabeleça um código de conduta. Questões jurídicas como difamação e calúnia ou problemas de copyrights, acontece muito nos bastidores impedindo que se estabeleça um serviço regular certificado. Então cabe às marcas identificar e filtrar interesses que defendam a sua imagem.


O conteúdo, que dependendo da faixa etária e do público , deixa um grande impacto a longo prazo. Porque viralizar padrões de comportamentos que serão admirados e imitados. Se tornaram o substituto da televisão. Qualquer serviço de comunicação e entretenimento tem critérios que normalmente são os projetados para o consumo. E que tem seus limites estipulados por órgãos públicos como o CONAR. Na internet não, o foco maior é auto promoção e a popularidade instantânea. Nem sempre a pessoa se responsabiliza por aquilo que fala ou como afeta aos outros. 

 A audiência requer ser encarada com profissionalismo. E como qualquer outro ofício é preciso entender que faz parte de um contexto social maior do que aquela fantasia por reconhecimento. A distribuição de conteúdo é um desafio para publicidade, que tem que captar a atenção nos primeiros segundos e hoje regulado por uma série de algoritmos de plataformas cujo já existem critérios de consumo. Quem comanda o investimento, é quem detêm o poder de decisão para manipular o mercado.


Vocação é uma aptidão natural para exercer um trabalho de acordo com um plano de carreira ,diferente da fama cujo talento não requer compromisso. Quando aliado a alguma profissão que já faziam parte dos planos individuais, talento e vocação se unem para um propósito. A fama por si só, não é capaz de sustentar uma carreira estável , tanto o recurso quando a audiência são voláteis em um mundo onde pode surgir subcelebridades por segundo e a concorrência com o mercado formal pode ser avassalador. Só no Brasil existem cerca de 9 milhões de influencers.

 
O bom de aproveitar o momento é conhecer pessoas e interagir de forma respeitosa, ampliar o círculo de amizade e possibilidades. A internet pode ser uma praça, para se comunicar, promover debates, socializar. Como uma prática ao ócio, a possibilidade de se informar, como uma segunda atividade e dedicada ao lazer e a diversão. Mas sempre tendo em mente que é também um lugar que possibilita o negócio do entretenimento e por isso possui várias vertentes que vem com uma bagagem viciosa de vários outros formatos.







(10/07/2012)13:41

sábado, 8 de outubro de 2011

Well, i HOPE so

HOPE ensina:


Com essa polêmica envolvendo a campanha da Hope, a primeira reação que provocou em mim foi pensar o quanto o idealizador foi prejudicado. Tipo, a campanha foi aprovada pelo chefe, pelo cliente, um orçamento foi aprovado e investido mas ao chegar no público recebe uma rejeição inesperada. E quem é o culpado? O que teve a idéia, é claro! Isso tem conseqüências. Imagina ter uma restrição do CONAR no currículo. O rapaz pode perder a credibilidade e a oportunidade de ter nas mãos outro trabalho grande por um bom tempo. Além do estrago de passar a ser visto com desconfiança e descrédito pelos colegas tendo sua carreira prejudicada.Achei irresponsável e oportunista levar a público uma causa que não foi amplamente discutida e não tem o apoio de uma parcela considerável da sociedade. Portanto não é um consenso. Se fosse legítimo esse caso, porque essa campanha da schinn também não está lá? Qual é a diferença? A roupa? Porque o argumento é o mesmo. A verdade é que a Schinn abusa desse discurso do homem ser facilmente enganado, mas a pior é essa aqui. Essa sim é um deboche aos consumidores. O discurso é que homens são bobos e mulheres são oportunistas. Falar sobre as campanhas de cerveja daria um texto à parte. Voltemos para o caso HOPE, então.
Tentar convencer um homem de que essa propaganda tem alguma coisa errada deve ser muito difícil. Até porque ela provoca neles exatamente aquilo a que se propõe que a lingerie faça. Ponto pra HOPE. Eu fiquei tentado enxergar a problemática vista pelo movimento feminista: o sexismo, a submissão e a perpetuação do papel da mulher como dona de casa, inferior ou menos capaz. Aliado a isso, o fato de que a publicidade não deve ser vista como modelo confiável por ter objetivos mercadológicos ao perpetuar um discurso.
Pelo menos com uma coisa eu concordo. Mulheres são sim o maior alvo da publicidade. Mas esse fato, na verdade pesquisa, não é baseada no incentivo ao consumo compulsivo e sim na influência de consumo. Explico, mulheres são responsáveis indiretamente entre 30% e 70% da decisão de compra. Elas tem esse poder de influência sobre os homens na escolha de um carro, do apartamento e até do destino da viagem entre outras coisas, mesmo não sendo a consumidora final. Então não se trata só de comprar sapatos ou coisas de mulherzinha. Todos os produtos de limpeza e aquelas inúmeras bugingangas da Polishop tem como objetivo economizar tempo deixando a mulher mais livre para o lazer. Preste atenção se não é isso que dizem nos comerciais. Essa cultura, digamos assim, surgiu na 2º guerra porque as mulheres precisaram sair pra trabalhar e sustentar seus filhos enquanto o marido estava na guerra ou se tornaram viúvas, no EUA.
Na publicidade sempre existe, ou deveria existir,uma base de dados consistente sobre o cliente. E a partir daí existem dois caminhos a seguir: inserir o produto no cotidiano já existente ou criar uma necessidade. A Apple criou um mercado e com um discurso muito voltado para mulher, embora isso não seja claramente perceptível. A mastercard e a campanha linda ‘não tem preço’ foi feita por uma mulher e para mulher. Com uma linguagem universal, rodou o mundo. Já a HOPE inseriu o seu produto no cotidiano de uma mulher comprometida (casada ou namorando) e bem sucedida que é o seu público alvo.
A campanha fala diretamente com a mulher. – Da mesma forma que slutwalk também atingiu mais as mulheres para um incentivo à denuncia da violência. - Através de uma representante (Gisele) que é casada, rica, tem classe, é independente financeiramente e provavelmente ganha mais que o marido. Essa identificação não aconteceria se fosse uma desconhecida ou uma mulher fruta. Não é um discurso de corpo perfeito e leva as consumidoras à idéia de que a lingerie influência na sensualidade. Até aí, qual o problema? Se a questão é ter colocado o homem como ‘herói’, talvez eu mudasse o contexto. Não tanto a da sogra,mas a do acidente de carro e do cartão. Tentaria um roteiro engraçado, mas que não desse margem a dupla interpretação. E que fosse voltado para algo que realmente deixasse o homem chateado ou envolvido na situação. Ou ainda que o incentivasse a uma atitude mais proativa na relação, como por exemplo:
- amor, pintei a sala com as cores daquele time que você odeia
-amor, a empregada está de folga, lava os pratos pra mim?
- amor,[ que frase vocês colocariam aqui?]
Não é uma campanha que eu daria o premio da criatividade.Imagino que um homem em uma sala de reunião cheia de homens, o idealizador teve seus vícios e deixou passar o ponto cego. Mas não acredito que foi com má intenção. Well, i hope so..