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sexta-feira, 2 de julho de 2021

A luta de classes


O liberalismo trouxe um grande progresso de ideal social mas não resolveu todos os problemas. Então a revolução mudou de classe. O novo imperialismo liberal que veio com a industrialização forjou um novo jeito de repensar o papel social da política. Nasce o ideal de esquerda. Mas pra compreender profundamente o que isso significa, é preciso entender o quê estava sendo contestado.

O desenvolvimento do liberalismo não foi um processo estável. Ao longo da história houve várias guerras dentro e fora da França em que o poder se alternava novamente entre o modelo absolutista de governo e os ideais liberais. Com a revolução industrial passou a ser liberalismo econômico. A evolução da indústria se deu, na Inglaterra, por dois processos: a criação da máquina a vapor e a fabricação de produto em escala. Henry Ford, foi o primeiro a criar e produzir o carro, por exemplo.
Essa nova economia veio em processo de transformação a partir do mercantilismo que enriqueceu sobremaneira os países colonizadores. A partir daí, as liberdades individuais passaram a ser o embasamento para economia de mercado, definindo o papel dos monopólios em formação e do Estado. Os principais economistas dessa nova política defendiam os seguintes interesse:

O direito a propriedade, adquirir ou herdar bens com intuito de enriquecer; o estado só deve agir pra manter a ordem a paz e a proteção da sociedade , sem que interfira na iniciativa privada; entre os quais, estaria a jornada de trabalho e os salários como negociação direta entre empregador e empregado que além do governo, não atuariam nem sindicatos e nem legislação em protesto; a livre concorrência que teoricamente beneficiaria os empreendedores mais competentes e eliminando os menos adaptados, mas acaba por também proteger monopólios e grandes corporações ; a inexistência de barreiras alfandegárias (impostos de um país para o outro) uma vez que cada país deveria se especializar no que pudesse produzir de melhor; e respeito a ordem natural da economia que se autorregula e se autogoverna.

Segundo Adams Smith, o trabalho é a verdadeira fonte de riqueza. Mas o que a ordem natural impõe é que nas relações de trocas, sempre haja perda em uma das partes, daí surge a origem da pobreza no mundo, uma vez que o estado não está apto para interferir. Por exemplo: David Richard defendia que o preço era determinado pela capacidade de produção em volume, vindos dos redutos mais pobres. Também disse que a renda do trabalhador deveria ser a mínima parte, que fosse suficiente para sobreviver. Nassau completou que a produção não deveria parar em benefício da redução da jornada de trabalho do funcionário.


No século XIX, o imperialismo voltou com toda força. Os governos assumiam um caráter absolutista novamente com objetivo de conquistar mercados e principalmente garantir matéria-prima barata e a partir daí voltou a disputar territórios que antes foram colonizados. Surgiu a partilha da África e da Índia, com a desculpa de que a suposta raça inferior deveria passar por um processo civilizatório, baseado naquele antigo conceito conservador e determinista. A missão “filantrópica” passava por políticas de guerras, controle econômico do território, aquisição de matéria-prima barata pra produção industrial e domínio dos meios de produção. A disputa por esses territórios deu início a I guerra mundial que ocorreu entre esses países. A II guerra mundial ocorreu com o despertar tardio da Alemanha na disputa pela unificação do seu próprio país e parte nos lucros dessa nova economia. A ex-União soviética, hoje Rússia , país comunista, foi o palco de uma disputa bélica medindo forças, na guerra fria, enquanto Estados Unidos se empenhou em dominar politicamente a América latina. Os países asiáticos foram também alvos cobiçados, tendo havido algumas guerras, uma vez que para evitar a dominação sucedeu mudanças governistas, que deu origem a revolução comunista naquela região. O mundo se tornou polarizado entre os capitalistas , que mantém a relação entre países dominantes e dominados e os comunistas que rejeitam os processos capitalistas de dominação. Na América latina, foi o que aconteceu com Cuba pela iniciativa Che Guevara.

Mas o que é e como surgiu o socialismo?



As primeiras teorias do socialismo surgiram durante a revolução industrial observando as condições de trabalho do operário. Conde Claude Saint-Simon propôs uma sociedade que não houvesse exploração do homem pelo homem, uma vez que todos produzissem, todos seriam donos da produção. Fourrier imaginou uma nova ordem baseada em comunidades socialista que não mais haveria patrão e empregado, cabendo a cada um desenvolver seus próprios talentos e aptidões. Robert Ownen pôs em prática a implantação de uma nova comunidade de alto padrão dentro da sua empresa, diminuindo a jornada de trabalho, aumentando salários e oferecendo instrução, sendo também o criador do trade unions, os primeiros sindicatos Britânico. Mas esses esforços eram idealista demais e pouco práticos porque não tinham método para ser alcançado, por isso foram chamados de socialistas utópico.


Foi o que considerou Marx, no século XIX , um alemão que estudou profundamente a construção social e com isso fez enormes contribuições ao estudo da política e economia. Através dessa análise ele propõe uma prática política revolucionária que tenha por objetivo destruir a ideologia doutrinária capitalista e implantar uma nova era a partir de preceitos socialistas. Só que para isso é preciso passar, segundo ele, pela ditadura comunista, do qual condiciona o povo de uma determinada região a certos preceitos. A revolução deveria partir da classe operária, que tem o valor do seu trabalho suprimido por aquele que o contrata. E além disso é alienado quanto a sua capacidade e o seu valor. Por isso cria uma estrutura de consciência de classe do qual o operário entende que seus interesses são diferentes do proprietário, dentro do sistema capitalista e luta através de organizações políticas que os representem, como organizações de classes e sindicatos.

Mas , a questão final é que o objetivo de atingir uma sociedade sem divisão de classes passa pela implantação de um governo forte e centralizador , que é normalmente atribuído a tirania. E falha nos seus preceitos ao se igualar ao absolutismo.

sábado, 26 de junho de 2021

A era da razão


Quando o filósofo Hobbes defendia o poder absoluto dos reis, ele argumentou que o homem só vive no caos, sendo lobo de usa própria espécie, tendo por isso que ceder a sua liberdade para um rei que o governasse. Mas ao mesmo tempo esse poder era regido por interesses individuais e sem nenhuma régua moral que o regule. O que faz de alguém capaz de assumir essa posição? Se o poder legítimo não é dado por deus, a quem pertence o poder então? O movimento iluminista chegou para se contrapor à Maquiavel e Hobbes questionando a legitimidade do poder. Surgia a idade da razão, onde todos os questionamentos se voltavam em busca de respostas racionais através dos ideais iluministas.

Com o surgimento das monarquias absolutistas e o mercantilismo, surgiu uma classe burguesa, que cresceu por causa do comércio e se intelectualizou com o avanço da ciência, culturalmente e ideologicamente. Com isso passou a questionar a legitimidade do poder dos reis através dos desmandos que praticavam e excesso de impostos de modo que a lei demandava do interesse pessoal de um indivíduo. Nesse contexto aconteceram a revolução francesa, a revolução industrial, a revolução inglesa, a luta por independência dos países colonizados e o início do capitalismo como sistema econômico.

Todas essas revoluções tiveram sua base nos ideais liberais do século XVII e XVIII. Suas características são defender um estado laico e não intervencionista. Também a separação entre o público e o privado. A existência de uma constituição e declaração dos direitos humanos que garantem as liberdade individuais. Criou a divisão de poderes em legislativo, executivo e judiciário para que o poder não fosse concentrado na mão de um só. E culminou na monarquia parlamentarista, e, logo depois no presidencialismo.


A maior questão que o liberalismo se propôs a resolver foi sobre a legitimidade do poder. Segundo Diderot, “nenhum homem recebeu da natureza o direito de comandar o outro, por isso todo homem tem o direito de aproveitar a sua liberdade como achar certo, a autoridade de um sobre o outro não é natural." Ou acontece pela violência, do qual ele considera uma usurpação, ou sob consentimento mediante um contrato firmado entre as partes. E especialmente no caso de um povo, essas condições, requer que seu uso seja benéfico para a sociedade. Mas sem nunca exigir a restrição de sua total liberdade e sem reservas.


Já John Locke propôs que o absolutismo fosse substituído por um contrato entre governantes e governados baseado em um conjunto de leis escritas, denominada constituição. Ele também afirmou que todo homem possui alguns direitos naturais e são eles a liberdade, o direito a propriedade privada e a resistência contra governos tirânicos.
A razão passou a ser vista como o único guia infalível para se chegar ao conhecimento e a sabedoria ao invés da fé. Mas é ainda diferente da democracia. Uma vez que o liberalismo se preocupa primeiramente com as liberdades individuais, enquanto a democracia se caracteriza por ser a soberania do povo.

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Absolutismo - O princípio de toda tirania



Quando os primeiros republicanos instituíram a ditadura como parte do governo, a intenção era formar uma centralização do poder, de forma consciente pra resolver um estado de emergência do império. Naquela época não se tratava de um regimento permanente e nem soberano. Mas com o passar dos tempos as coisas mudaram, criaram novas proporções e modelos. A ditadura, que uma vez era a formação para a guerra dentro de um governo, se tornou o próprio governo. Mas que cenário justificaria tudo isso?


Passado a era medieval, aquela do surgimento dos impérios, no final idade média, quando a Europa começou a ter um caráter rural e a nobreza, a classe que comandavam os feudos, que eram os donos das grandes extensões de terras habitadas, distribuída em famílias a disputa pelo poder se tornou mais contestada por causa da forte influência das igrejas. Em um ambiente tumultuado e de guerras, as famílias nobres se dividiam entre aquelas que aceitavam e a que não aceitavam a interferência religiosa na monarquia. E em busca de unificar territórios sem a benção de um papa e diante da necessidade de manter riquezas e privilégios, nasce o absolutismo.


O período é o século XV, a moral baseada na justiça divina passa ser questionada. Se na sociedade primitiva ninguém estava sujeito às leis, cada um satisfazia seus próprios interesses. Uma vez que as pessoas se unem pra cria uma sociedade seria necessário criar um contrato onde as pessoas cedessem seus direitos a um soberano, renunciando toda a sua liberdade individual em nome do Estado. Esse por sua vez, com a autoridade absoluta nas mãos, deveria gerir o caos que o cerca. Por isso seria lícito, segundo Hobbes, o rei governar despoticamente, uma vez que o povo lhe deu esse poder. Por outro lado, não existe só um rei para todos os territórios da terra, portanto um estado forte depende das alianças ou guerras que escolhe fazer. Para isso seria preciso abandonar a moral e o bem comum uma vez que o rei deve está disposto a fazer tudo em nome da nação, para manter o domínio. Enquanto pregava sobre a unificação da Itália, Machiavel defendia que os fins justificavam os meios e que até a força era um ato necessário. Com isso a tirania estava permitida, o homem passava a agir politicamente com a moral fundada na hipocrisia e no desejo de poder. O importante era o poder, nem que fosse pela força. E o  poder individual do rei, como imperador, se fortaleceria através da estrutura do Estado.

Mas ainda que ideologicamente justifica, a nobreza que queria se afastar da igreja, também precisava dispor de recursos financeiros em quantidade para manter a sua posição. Se antes o acúmulo de terras era o que proporcionava status e riquezas, dessa vez a capacidade de acumular ouro e metais precisos, seriam a nova fonte para manter as despesas. E o meio para alcançar passa a ser o desenvolvimento do comércio. Vender o máximo que puder e comprar o mínimo renderia a nova matemática financeira ao mercantilismo. Esse modelo econômico fez a corrida por novos territórios, que pudessem ser exploradas através do plantio ou extração de metais uma nova forma de prosperar.


Isso modificou a forma de pensar a estrutura social. Até aqui nós tivemos o modelo espartano de sociedade, o modelo dos impérios, o modelo republicano, e como essas sociedades evoluíram interagindo com o seu povo ou daqueles que conquistavam. Especificamente nesse contexto a escravidão se tornou um ativo comercial. Ou seja, a utilização de escravos justificava o barateamento do custo e da mão de obra, ou seja do trabalho.

Embora alguns absolutistas considerassem que a soberania dos reis era um direito divino, o objetivo principal era se afastar da instituição da igreja. E criar um estado potente e rico. Baseado no interesse de quem o governa.

São suas caraterísticas principais, um estado controlador sobre todas as atividades produtivas; protecionista para dificultar as importações ; intervencionista sob todas as decisões econômicas e centralizador do poder e da força.


Em um ambiente despótico é possível encontrar essas características disseminadas. São todos, influência da tirania, basta olhar os regimes que são desdobramento do mesmo método. O fascismo, o nazismo, o totalitarismo , além de todo aquele que finge não ser.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

A revolta republicana



Se olhando para frente é possível entender o surgimento dos conservadores, olhando para trás no curso da história é possível ver a ascensão e queda do seu primeiro opositor político, os republicanos. Para isso, o que é preciso saber é que a origem do período rural europeu (idade média) é fruto do desdobramento da formação e queda de impérios que disputaram todo o território do entorno do mar mediterrâneo. Em sua maioria compartilhavam o desejo de expandir, através de guerras e conquistas, por isso mantinham uma estrutura política social, similar uma às outras: impérios oligarcas. O mais célebre imperador foi Alexandre, o Grande , que marcou o curso da história através de suas inúmeras conquistas como também culturalmente, influenciando a forma de exercer a política. Uma vez que seu tutor foi Aristóteles, um de fato oligarca, seus ideais de política atravessaram gerações, refletindo todo modelo imperialista e monárquico.


Como por exemplo o de defender processos hierárquicos e direito a propriedade assim como o direito privado. Da mesma forma que delega à politica a finalidade de promover a felicidade ao indivíduo, pelo que se pode obter do interesse comum, dentro de uma comunidade. Para ele a ascensão do homem está em ter talentos e a felicidade é o exercício de buscar as faculdades que alegram o espírito. O estado deve refletir uma estrutura familiar patriarcalista, onde os homens livres norteiam as mulheres , que são imperfeitos, e filhos , educando para que tenham condições de multiplicar seus bens e manter propriedades. Por fim, considerou necessário manter escravos, numa vida de trabalho manual como a agricultura , incompatível com a necessidade do homem livre que é cidadão, ao lazer e a liberdade necessários para se dedicar ao desenvolvimento individual. E assim o escravo era aquele não tinha tempo ou eram naturalmente ignorantes para alcançar um nível cultural superior. Embora sua condição humana perante Aristóteles não fosse vista com inferior nem a despeito de raça, via a condição de trabalho operacional como um infortúnio atribuído a outras classes. Assim, Aristóteles fundamentou a base do pensamento aristocrático em uma nova política.


A república surgiu em um momento anterior a Aristóteles, quando no 509 a.c. ( antes de cristo) se tem notícias de um grupo de alta classe em uma província na Itália resolveu tomar o poder das mãos de um rei tirano e instituiu um modelo de governo baseado no voto dessa elite, construindo instituições e leis para gerir a sociedade. O senado era responsável pela administração pública as finanças e investimento em guerras ou na paz, sendo os legisladores. O poder executivo era formado por outras 9 partições das quais valem destacar o Edil encarregado do policiamento e abastecimento; as assembleias centurial e curial que votavam projetos entre as famílias mais ricas da cidade e para funções religiosas respectivamente; e o Ditador que assumia interinamente o cargo de governador após o voto, em época de grave crises ou guerras, por um período máximo de 6 meses, obtendo plenos poderes.


O foco principal dos republicanos é a revolta contra a dinastia. Apesar de ter como alvo a descentralização do poder, a esfera política não tinha o objetivo de agregar a parcela da população que ainda vivia marginalizada, principalmente no início da república em Roma. A exemplo do tratamento dado aos plebeus que mediante uma dívida eram submetidos ao estado servidão ao credor, que podia durar toda vida, privando sua liberdade e direitos. O descontentamento gerou o agravamento de lutas de classes até que fossem implementadas representação política e leis direcionadas a eles. E apesar de haver ainda distinção de classes essa situação foi mantida porque a participação dos plebeus na economia e no exército de Roma eram de extrema importância para os Patrícios, que eram a elite de Roma, considerado os cidadãos, os grandes proprietários de terras e gados que compunham a aristocracia.

sábado, 5 de junho de 2021

Conservadores por natureza


Uma vez que o pensamento conservador surgiu da moral cristã, o catolicismo, por sua vez criou seus princípios a partir do montante que acumulou, de outras culturas. A igreja detinha o monopólio do conhecimento, da escrita e de como esse ensino chegava a população. Era dela o acervo das bibliotecas. Os padres transcreviam os pergaminhos para o latim. Por isso sabiam da natureza ideológica da Grécia, que, ao contrário da sociedade militarizada de Esparta , era voltada para a construção do fundamento do conhecimento para a vida em sociedade e a formação do indivíduo.


Assim, conheceram os Estoicos. Segundo eles, o homem deve viver em harmonia cósmica de acordo com a natureza. Porque a natureza é deus, a origem de toda matéria e por ele acontecem todas as coisas. Ao submeter às leis imutáveis da natureza, culmina no fatalismo, que é a incapacidade humana de decidir o próprio destino. Porque o destino é deus, sendo impossível o homem de impedir uma tragédia ou a própria punição. Esse elemento se projetam em alguns mitos como o das Moiras, filhas dos deuses Zeus e Themis, designadas as tecelãs do destino dos homens segundo peso e medidas divinos atribuindo a porção do bem e do mal que cada pessoa está submetida. Por elas, por mais que os homens fizessem escolhas pra evitar o destino, jamais fugiriam da tragédia pelo qual estava escrito. Essa ideia foi mais tarde adotada e modificada pelos cristãos, cujo as leis divinas pelo ensino bíblico, transformou o deus católico no centro de todas as coisas e o ser humano incapaz de fugir do seu propósito.


Mas , a Grécia, não foi a única fonte de um movimento conhecido como sincretismo religioso. Os povos celtas , nativos da Grã Bretanha e Dinamarca , cujo o rei estabeleceu sacerdotes e sacerdotisas pagãos que administravam a justiça, os assuntos públicos e presidiam cultos, foram outra grande fonte de inspiração para a hierarquia católica. Para os druidas, como eram chamados esses sacerdotes, consideravam a natureza como templo das divindades e lá os cultos eram realizados. Acreditavam em presságios, praticavam magia e ofereciam sacrifícios humanos. Eram os mestres da moralidade, ensinando regras de conduta. Como chefes da religião sua autoridade não permitia que nada acontecesse sem a sua consulta e decidiam sobre a paz e a guerra, prediziam o futuro, consultavam os deuses e exerciam a medicina. 


Os celtas adoravam vários deuses , o sol, a lua, a terra, entre eles o conhecido como o do trovão, do comércio e da guerra chamado Teut, objeto de um culto sanguinário em seus altares e tinham como missão conduzir ao inferno as almas dos mortos. Já Hesus, era o deus do destino, cujo o nome significa terror. Estavam convencidos que a fúria dos deuses se aplacavam com sacrifícios sanguinolentos, dos quais também participavam prisioneiros de batalha. Também acreditavam na imortalidade da alma e recompensa ou castigo em uma outra vida. Um padre chamado São Columbano se instalou em uma região da Grã-bretanha chamada Iona com autorização do rei da ilha, formou um grupo de 12 sacerdotes e eram conhecidos como Culdees, no ano 563 (século VI). Mas foram dispersos e excomungado pela igreja católica como hereges. Mais tarde, essa cultura foi absorvida durante a reforma da igreja.


Toda a região em volta do mar mediterrâneo, formavam o Império das terras conquistas por Alexandre o Grande e dividida em reinos no século III e II a.c. (antes de cristo). A igreja se institucionalizou no século II d.c( depois de cristo). O período é entre a transição do Império para o feudalismo da idade média. No século VI o império foi invadido pelos bárbaros. Nesse mesmo século, o imperador bizantino, reino do norte, Justiniano ( ano 527 - 565) comandou a reconquista do reino. Instituiu seu governo como teocrata e compilou o direito romano em um código civil chamado corpus juris civilis ( corpo do direito civil ). Esse código defendia os poderes ilimitado do imperador, protegiam os privilégios da igreja e dos proprietários de terra e marginalizava colonos e escravos.



sexta-feira, 28 de maio de 2021

A política da moral cristã

 


Uma das bases políticas ao longo do tempo, foi a autoridade que é dada por deuses ao curso das civilizações. A relação com o sobrenatural vem dos primórdios da existência humana que atribuía a origem divina aquilo que não podia explicar. Daí nasceu o culto ao deus sol, deus lua, o deus da chuva , o deus da colheita ,em busca de respostas ou gratificações por ofertas estabelecendo uma relação de submissão e trocas. Com o tempo essa relação foi evoluindo para o deus da guerra , da justiça , até que simbolicamente representasse a nomeação ou benção dada a um rei. As sociedades a princípio , eram politeístas (crença em vários deuses).  O judaísmo foi uma das poucas religiões que eram monoteísta e ainda sim, uma das mais perseguidas até originar o cristianismo católico.

A partir do momento em que a benção e a glória eram almejadas por lideres e reis em períodos onde ocorriam muitas batalhas , os conselheiros espirituais começaram a ser muito influentes. E foi um longo processo até gerar a instituição Igreja católica que se tornou parte da realeza , formando a hierarquia de elite denominada clero.

Desde então, teve uma forte influência social e política na vida das pessoas. A igreja enriqueceu pelos acordos comerciais que praticava. Em nome da igreja, declaravam guerra, expandiam território e nomeavam reis. E assim toda Europa foi ocupada. Em troca , recebiam quantias de ouro, estabeleciam privilégios e posses de grandes extensões de terra




Era preciso manter a fé. O teocentrismo é o princípio onde deus se coloca no centro de tudo, porque só deus pode ser justo e a ele cabe a justiça. A religião passa ser a lei. O direito se fundamentou nas escrituras em latim com a finalidade de orientar, os preceitos morais de abnegação e recompensa eterna. O cristianismo se tornou a religião oficial dos grandes feudos. Junto com a nobreza ( classe rica ) conquistou todo território europeu, subjugando o povo nativo a trabalho escravo. 

Nascia o determinismo. A sociedade foi criada por deus, assim todo homem deve aceitar o destino escrito por ele.



Nascia o conservadorismo. Com expectativa de barrar a mobilidade de classes ao dizer que o homem deveria aceitar o seu destino. Admitindo a riqueza de uns e escravidão de outros. Justificando privilégios. A luta do bem contra o mal. O exercício da violência como castigo . A classe política conservadora cujo objetivo é manter o sistema de hierarquias através da  doutrina determinista, nascia.


Eis o princípio do conservadorismo:

“ deus quis entre os homens que uns fosse senhores e outros, servos de tal maneira que senhores estejam obrigados a amar e venerar a deus e que os servos estejam obrigados a venerar o senhor”

St. Laud Angers