=

Click here to find the review atualizations

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

O lugar da pobreza no mundo





Apesar da revolução que trouxe aos tempos modernos, uma nova forma de pensar, de agir , de consumir e possibilitou expandir a capacidade de produzir, não conseguiu deixar pra trás convicções que serviram de alicerce desde o nascimento e desenvolvimento da nossa sociedade. Por muito tempo os princípios que justificavam qualquer tipo de relações sociais esteve relacionado à inspirações divinas de que mérito é uma virtude dada por deus e da mesma forma que as teorias deterministas, o indivíduo já nasce predisposto para o sucesso ou fracasso. Considerando a forte influência católica que se estabeleceu como referência acadêmica, principalmente entre os séculos XII e XVIII, aquele que esteve, efetivamente no centro do poder político ,econômico e social, ensinava o que queria principalmente quando fosse ratificar a própria superioridade sobre os outros.

Assim os discursos como ‘Você é rico ou pobre porque deus quis assim’ , exprimem a justificativa dos governos teocráticos , que é um sistema de governo baseado em normas religiosas do qual as inspirações divinas que definem cargos políticos e o determinismo geográfico que justificou as guerras e a escravidão como fatores predeterminados de inferioridade de um território ou de uma ancestralidade. Em um embasamento histórico, é possível identificar os interesses vigentes como a manutenção do clero ligado diretamente à aristocracia (classe alta) , com poderes políticos, que , em um período onde aquisição de terras significavam domínio e prestígio , terras quentes em regiões tropicais extensas e inversamente proporcional a quantidade populacional, que poderiam produzir em larga escala produtos tropicais que não existiam em zonas temperadas com clima frio , pra competir com o comércio das Índias que tinha a hegemonia do comércio de especiarias.

Isso mudou a forma de trabalho, estabeleceu padrões de comércio, padrões de relações sociais e cultura organizacional. E então chegamos ao século XX e o capitalismo se apropriou de forma um pouco preguiçosa de alguns padrões antigos para responder as necessidades básicas do desenvolvimento em larga escala e a manutenção de hierarquias.

E quais são elas? A primeira é a necessidade da manutenção da pobreza. Justificada como incapacidade do ser humano de evoluir. Ela se estabelece como um contraponto no processo de produção com o intuito de produzir 3 resultados:

A primeira é a mão-de-obra barata. A produção em larga escala requer que o valor do trabalho seja menor do que as riquezas que a capacidade de distribuição podem trazer. Basicamente na escala de oferta, quanto menor for o salário do trabalhador, maior será a margem de lucro. Por isso, leis trabalhistas , a educação, a qualidade de vida, a saúde , são distrações que mantêm uma classe na pobreza preocupada em sobrevivência. E isso dentro da própria concorrência no mercado de trabalho.

Enquanto isso , o segundo resultado é o acesso à matéria prima barata, que reflete em interferências politicas, econômicas e guerras em um país e em uma determinada região para outra. Assim multinacionais se instalam em territórios que tem bastante matéria prima, ao mesmo tempo que é corrompida por processos sistêmicos de corrupção e conflitos que barateiam a extração de recursos.

E a terceira é especulação financeira que se reflete na capacidade de ter uma moeda forte e estável que produz lucro ou compensações satisfatórias nas relações de trocas. Comprar barato e vender caro.


Sendo assim, governos que se apresentam como neoliberais e tem uma força para se comportar como se o país fossem uma empresa, tendem a polarizar o mundo em duas extremidades de acordo com sua capacidade de expansão dos negócios, sem considerar variáveis no meio disso tudo como opções conciliatórias e tendem a levar o mundo à destruição. Porque em algum momento esses dois polos se chocam. E então já no século XXI , com a chegada da 3º revolução industrial ( a robótica) , essas convicções do passado reiterada ao longo dos anos , se tornam obstáculos para pensar uma nova forma de organizar a sociedade, sem alcançar o colapso.E ainda assim, erradicação da pobreza continua como primeira meta de desenvolvimento sustentável da ONU. 

sábado, 19 de outubro de 2019

A lógica do consumismo





O objetivo da iniciativa privada é gerar lucro. Para isso, é necessário trabalhar com variáveis de demanda de mercado e capacidade de produção. Ou seja, ao criar um produto ele precisa ter uma necessidade de mercado e ser rentável. Mas quando se trata de grandes oligopólios, não basta gerar lucro, quando a intenção maior é criar riquezas com o acúmulo de grandes capitais. E assim, o que nós chamamos de mercado se organiza para criar uma necessidade. As tendências de mercado.



Essa é uma forma de se integrar a uma grande mudança do século o passado, as revoluções industriais que impulsionaram o capitalismo, a primeira através da máquina à vapor e a segunda pelo modelo fordista de produção em massa. O fato de poder produzir em quantidade se por um lado atendeu a uma população que também crescia ,alimentou outras formas de estimular a produção a gerar uma maior capacidade competitiva de dominação de espaço por área, país ou região. E junto com o capitalismo nasceu todo o estudo de desenvolvimento econômico através do marketing, administração, entre tantas outras que surgiram a partir desse ponto.



O capitalismo possibilitou ter em nossas mãos a capacidade de não nos preocupar com a oferta desde alimentos à utilitários necessários no dia à dia , ampliou a capacidade de comunicação e socialização e os meios de trabalho. A estabilidade cria qualidade de vida , que cria mercados.

Mas quando se trata de comércio, tê-lo com foco de crescimento econômico é uma relação, relativamente nova. Vamos imaginar que na idade da pedra também haviam preocupações em diferentes proporções do que as atuais. Como por exemplo, a simples falta de conservante ser impossível a capacidade de estocar alimentos, sendo essa uma atividade diária, que talvez exigisse o trabalho em grupo pra defender um determinado território, que naquele verão cabia uma fauna e que também atraia animais, e que também atraia um outro grupo de humanos com a mesma intenção, causando uma disputa por território entre eles. Assim essa disputa por território se estendeu por gerações, após a criação das nações até o feudalismo instituir o acumulo de terras como fonte de força ,poder e riqueza.

Enquanto na era das grandes descobertas do novo mundo (o que hoje são as Américas, a Índia,a África etc) o foco era a ampliação de áreas com foco em plantio e mão de obra barata, o capitaliSmo foca a produção de royalties através da gestão de commodities, porque o show tem que continuar.

As novas formas de produção exigem a existência de um mercado que o sustente. Porque a escala de valor de um produto que é produzido em quantidade ,depende da sua capacidade de escoamento para se manter competitivo no mercado.



Mas até que ponto isso pode ser considerado a manutenção da atividade para se tornar um controle arbitrário e autoritário da manutenção de commodities para fins de manipulação financeira?
O mercado não é impulsionado pelo equilíbrio, estabilidade e harmonia. É preciso incitar uma certa compulsão para criar um comércio, é preciso ‘esgotar’ a matéria-prima para produzir, é preciso explorar a oferta para gerar preço e é preciso poder de compra para gerar riquezas.

Nesse momento é que o Estado tem o papel de regular a livre iniciativa e a livre concorrência, para evitar que essas relações de trocas sejam exploradores de uma população alienada ao invés de construir uma relação de mercado onde ambas as parte se beneficiem. Cada país tem sua própria legislação a respeito, claro, o que não impedem as relações de abuso de poder acontecerem. Então o que está faltando?

Talvez, seja alinhar as tendências de mercado ao que realmente importa.



segunda-feira, 30 de setembro de 2019

IDENTIDADE COLETIVA






O desafio do mundo é saber quem somos e para onde vamos. Assim, eventos como UNGA ( Assembleia geral das nações unidas) são formados pra debater as necessidades de cada país e o destino geral do mundo. Nele, vários líderes mundiais e representações filantrôpicas discurssam sobre a necessidade regionais do seu grupo para tentar alinhar sua estratégia ao objetivo de desenvolvimento sutentável aplicado em conjunto.

Chamado em inglês de global goals,à partir da identificação de colapsos estruturais são estebelicidas metas para ‘salvar o planeta’. Mas como chegamos à esse ponto? Na política não existe divisão entre o ‘bem versus o mal ’ e sim a administração de interesses, de um grupo, de um estado ou de uma organização.

Então os problemas começam. Administrar interesses já vem carregado de uma argumentação tão cretina , que o que prevalece é a demagogia do privilégio. e isso é pior do que dizer ’ nós ricos, não queremos ser nivelados à prole,perdendo o que é nosso por direito ou herança ’, o que continua sendo absolutamente ridículo caracterizar a perda de privilégio a um nivelamento social que eles chamam de ‘socialismo’. Atrás desse argumento está tão somente a lógica do consumismo. Neste caso, admite-se que a função social do ‘ESTADO’ é produzir riquezas para esse grupo de ‘feudos’ , que podem reinvindicar poderes econômicos e religiosos em uma determinada região.

Mas a lógica do consumo ou do consumismo produz na prática, a gestão privada dos recursos públicos. Ou seja, a nação se comporta como uma empresa no cenário mundial, administrado por gestores cujo o objetivo é ampliar mercado para obtenção de lucro e riquezas. Assim, o poder se torna uma moeda de troca e uma comodity da aristocracia. É como se fosse o capitalismo aplicado ao feudalismo dos tempos modernos, onde as comodities são as pessoas e o trabalho que elas representam, comandadas por grandes dententores de terras que se apresentam como presidentes dos seus respectivos países.

Para a sustentação dessa argumentação ,que vem da manutenção de séculos passados, a função do povo como nos feudos, é trabalhar e consumir. O trabalho , nem é necessário explicar , vem da obrigação de produzir para o estado como se fosse uma dívida social. Disso o argumento é que o não detentor de terras, propriedades, oferece o seu trabalho em favor da manutenção da sua vida e essa assistência custa mais do que o valor do seu trabalho. 


Por outro lado, a obrigação de consumir ,à partir de um viés ideológico, obrigam a população a alimentar o comercio e a economia, para que as riquezas geradas possam servir de base para outras guerras por poder e ampliação de territórios. O domínio agora é um conceito de uma doutrina que envelheceu com sua lógica funcional.


Temos então a ONU, nascida após a guerra fria, com o objetivo de coordernar o viés ideológico para evitar que as guerras por poder e ampliação de território se tornem um problema que causem o declínio do sistema. Mas a própria ONU não nasceu perfeita, porque o ser humano é corrupto por natureza e a ele não é ensinado a agir em benefício de uma harmonia social, para agir apenas em benefício próprio. E não se trata de ser bom ou ser cruel como referência disciplinar , se trata apenas em uma capacidade limitada de entender que o papel que exerce na sociedade, não deixa o mundo a serviço dele.

Enquanto os 17 global goals caminham em uma direção metodológica , como se o mundo fosse perfeito ao desenvolver seus papeis sociais onde deveriam estar, na prática a instituição se comporta para ressaltar políticas totalitaristas de um país contra o outro. Assim aconteceu com o plano Feltman, interferindo na guerra da Síria, para enfraquecer o governo, alimentando crimes contra humanidade.

 

Para alcançar o resultado esperado, não é só importante entender as necessidades a serem alcançadas, mas principalmente o papel do estado. A função do estado é o ordenamento jurídico de uma população, em um determinado território, com limites definidos, que respeitam um conjunto de leis que dela provem a harmonia do funcionamento da gestão do governo. E dela não depende só a manutenção de riquezas para o funcionamento do mercado, mas a economia atende a uma atividade que sustenta a nação, pelas suas culturas, suas tradições, seus costumes, em uma coletividade que não pertence à igreja, não pertence à indústria e não pertence aos feudos. e sim ao que podemos chamar de identidade coletiva.



Global Goals link