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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

O fim do trabalho



Para saber sobre a qualidade de vida em um país, um dos indicadores mais importantes é a relação com o trabalho. Isso influencia outras variáveis como os índices de pobreza, educação e até o de violência. Mas há que se considerar os indicadores que influenciam a própria capacidade de gerar empregos. Entre eles estão o desenvolvimento saudável do agronegócio, indústria e comércio.

Mas, se com a revolução industrial, a produção em massa gerou uma necessidade de mão-de-obra extensiva, esse processo também buscou formas de baratear custos através da mecanização. E isso iniciou a terceira revolução industrial, do qual chamamos a modernização pela robótica, biotecnologia, estudo da genética humana,eletroeletrônica e informática.
 
A partir da década de 50 , a corrida por tecnologia bélica, durante a guerra fria e a eminência da segunda guerra, promoveu o desenvolvimento de equipamentos de disseminação de informação, como a internet e as variedades de softwares. A televisão por exemplo, se estabeleceu, ao longo de pelo menos 50 anos, como uma das maiores fontes de poder ligado à política e ao entretenimento. Com essa inovação , o high tech se voltou para o mercado através de construção de soluções para indústria e como uma nova forma de commodities (celulares e etc). E então surgiu a robótica.


A robótica veio a princípio para facilitar a produção em massa e a medida que progride vem ocupado o papel de funções manuais através de tarefas mecânicas. E assim tem dominado o agronegócio a indústria e o comércio através de commodities. Para extensas áreas de lavouras, a biotecnologia oferece recursos de plantio, manutenção e colheita, enquanto que no comércio a tendência são atendimentos eletrônicos e informatizados realizado por aplicativos de comando, chamado de assistentes virtuais.

 
Mas , o que por um lado, causa um barateamento da produção e teoricamente do valor final do produto ( aquele preço que chega nas prateleiras dos supermercados) ,também é responsável por um déficit na geração de emprego e de renda. E assim,o aumento da produção e desenvolvimento da indústria deixa de ser indicadores de contração. Interferindo regionalmente, na qualidade de vida local, somente quanto ao pagamento de imposto ao governo, pelo uso do solo. Uma vez que o intuito de políticas públicas de atrair monopólios com incentivos fiscais e até isenção de imposto é gerar mais empregos para garantir mais qualidade de vida à população, esse objetivo não se torna alcançável.

Aqui vemos claramente como uma gestão neoliberalista do estado tem uma forte tendência de proteger mercados e o setor privado ao invés de concertá-lo. Quando a função do governo é comprometida com uma gestão político-administrativa , sua função impede naturalmente o desagregamento da qualidade das relações que mantem a sociedade e também sustentam a própria existência do Estado.



E uma das formas de conciliar esse problema crescente dos novos tempos, seria aliar o crescimento dos monopólios através da capacidade que sua expansão tem de gerar empregos. Essa variável seria capaz de baratear o custo do vínculo empregatício (ou outro encargo que desafogue esse) à medida que sua capacidade produção atingisse uma larga curva de demanda. Assim o emprego deixaria de onerar de forma significativa o custo de produção. Ao mesmo tempo mantendo a qualidade dos salários ocasionando tempo e recurso para desenvolver sistema que tenha a capacidade de consumir acima da linha da sobrevivência. Enquanto a robótica seria forçada a desenvolver à partir de um princípio que gere mais empregos, auxiliando a produção. E não apenas substituindo.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

O lugar da pobreza no mundo





Apesar da revolução que trouxe aos tempos modernos, uma nova forma de pensar, de agir , de consumir e possibilitou expandir a capacidade de produzir, não conseguiu deixar pra trás convicções que serviram de alicerce desde o nascimento e desenvolvimento da nossa sociedade. Por muito tempo os princípios que justificavam qualquer tipo de relações sociais esteve relacionado à inspirações divinas de que mérito é uma virtude dada por deus e da mesma forma que as teorias deterministas, o indivíduo já nasce predisposto para o sucesso ou fracasso. Considerando a forte influência católica que se estabeleceu como referência acadêmica, principalmente entre os séculos XII e XVIII, aquele que esteve, efetivamente no centro do poder político ,econômico e social, ensinava o que queria principalmente quando fosse ratificar a própria superioridade sobre os outros.

Assim os discursos como ‘Você é rico ou pobre porque deus quis assim’ , exprimem a justificativa dos governos teocráticos , que é um sistema de governo baseado em normas religiosas do qual as inspirações divinas que definem cargos políticos e o determinismo geográfico que justificou as guerras e a escravidão como fatores predeterminados de inferioridade de um território ou de uma ancestralidade. Em um embasamento histórico, é possível identificar os interesses vigentes como a manutenção do clero ligado diretamente à aristocracia (classe alta) , com poderes políticos, que , em um período onde aquisição de terras significavam domínio e prestígio , terras quentes em regiões tropicais extensas e inversamente proporcional a quantidade populacional, que poderiam produzir em larga escala produtos tropicais que não existiam em zonas temperadas com clima frio , pra competir com o comércio das Índias que tinha a hegemonia do comércio de especiarias.

Isso mudou a forma de trabalho, estabeleceu padrões de comércio, padrões de relações sociais e cultura organizacional. E então chegamos ao século XX e o capitalismo se apropriou de forma um pouco preguiçosa de alguns padrões antigos para responder as necessidades básicas do desenvolvimento em larga escala e a manutenção de hierarquias.

E quais são elas? A primeira é a necessidade da manutenção da pobreza. Justificada como incapacidade do ser humano de evoluir. Ela se estabelece como um contraponto no processo de produção com o intuito de produzir 3 resultados:

A primeira é a mão-de-obra barata. A produção em larga escala requer que o valor do trabalho seja menor do que as riquezas que a capacidade de distribuição podem trazer. Basicamente na escala de oferta, quanto menor for o salário do trabalhador, maior será a margem de lucro. Por isso, leis trabalhistas , a educação, a qualidade de vida, a saúde , são distrações que mantêm uma classe na pobreza preocupada em sobrevivência. E isso dentro da própria concorrência no mercado de trabalho.

Enquanto isso , o segundo resultado é o acesso à matéria prima barata, que reflete em interferências politicas, econômicas e guerras em um país e em uma determinada região para outra. Assim multinacionais se instalam em territórios que tem bastante matéria prima, ao mesmo tempo que é corrompida por processos sistêmicos de corrupção e conflitos que barateiam a extração de recursos.

E a terceira é especulação financeira que se reflete na capacidade de ter uma moeda forte e estável que produz lucro ou compensações satisfatórias nas relações de trocas. Comprar barato e vender caro.


Sendo assim, governos que se apresentam como neoliberais e tem uma força para se comportar como se o país fossem uma empresa, tendem a polarizar o mundo em duas extremidades de acordo com sua capacidade de expansão dos negócios, sem considerar variáveis no meio disso tudo como opções conciliatórias e tendem a levar o mundo à destruição. Porque em algum momento esses dois polos se chocam. E então já no século XXI , com a chegada da 3º revolução industrial ( a robótica) , essas convicções do passado reiterada ao longo dos anos , se tornam obstáculos para pensar uma nova forma de organizar a sociedade, sem alcançar o colapso.E ainda assim, erradicação da pobreza continua como primeira meta de desenvolvimento sustentável da ONU. 

sábado, 19 de outubro de 2019

A lógica do consumismo





O objetivo da iniciativa privada é gerar lucro. Para isso, é necessário trabalhar com variáveis de demanda de mercado e capacidade de produção. Ou seja, ao criar um produto ele precisa ter uma necessidade de mercado e ser rentável. Mas quando se trata de grandes oligopólios, não basta gerar lucro, quando a intenção maior é criar riquezas com o acúmulo de grandes capitais. E assim, o que nós chamamos de mercado se organiza para criar uma necessidade. As tendências de mercado.



Essa é uma forma de se integrar a uma grande mudança do século o passado, as revoluções industriais que impulsionaram o capitalismo, a primeira através da máquina à vapor e a segunda pelo modelo fordista de produção em massa. O fato de poder produzir em quantidade se por um lado atendeu a uma população que também crescia ,alimentou outras formas de estimular a produção a gerar uma maior capacidade competitiva de dominação de espaço por área, país ou região. E junto com o capitalismo nasceu todo o estudo de desenvolvimento econômico através do marketing, administração, entre tantas outras que surgiram a partir desse ponto.



O capitalismo possibilitou ter em nossas mãos a capacidade de não nos preocupar com a oferta desde alimentos à utilitários necessários no dia à dia , ampliou a capacidade de comunicação e socialização e os meios de trabalho. A estabilidade cria qualidade de vida , que cria mercados.

Mas quando se trata de comércio, tê-lo com foco de crescimento econômico é uma relação, relativamente nova. Vamos imaginar que na idade da pedra também haviam preocupações em diferentes proporções do que as atuais. Como por exemplo, a simples falta de conservante ser impossível a capacidade de estocar alimentos, sendo essa uma atividade diária, que talvez exigisse o trabalho em grupo pra defender um determinado território, que naquele verão cabia uma fauna e que também atraia animais, e que também atraia um outro grupo de humanos com a mesma intenção, causando uma disputa por território entre eles. Assim essa disputa por território se estendeu por gerações, após a criação das nações até o feudalismo instituir o acumulo de terras como fonte de força ,poder e riqueza.

Enquanto na era das grandes descobertas do novo mundo (o que hoje são as Américas, a Índia,a África etc) o foco era a ampliação de áreas com foco em plantio e mão de obra barata, o capitaliSmo foca a produção de royalties através da gestão de commodities, porque o show tem que continuar.

As novas formas de produção exigem a existência de um mercado que o sustente. Porque a escala de valor de um produto que é produzido em quantidade ,depende da sua capacidade de escoamento para se manter competitivo no mercado.



Mas até que ponto isso pode ser considerado a manutenção da atividade para se tornar um controle arbitrário e autoritário da manutenção de commodities para fins de manipulação financeira?
O mercado não é impulsionado pelo equilíbrio, estabilidade e harmonia. É preciso incitar uma certa compulsão para criar um comércio, é preciso ‘esgotar’ a matéria-prima para produzir, é preciso explorar a oferta para gerar preço e é preciso poder de compra para gerar riquezas.

Nesse momento é que o Estado tem o papel de regular a livre iniciativa e a livre concorrência, para evitar que essas relações de trocas sejam exploradores de uma população alienada ao invés de construir uma relação de mercado onde ambas as parte se beneficiem. Cada país tem sua própria legislação a respeito, claro, o que não impedem as relações de abuso de poder acontecerem. Então o que está faltando?

Talvez, seja alinhar as tendências de mercado ao que realmente importa.