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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Violência versus a cultura norte americana do porte de armas











Ontem, dia dezenove de dezembro, o presidente americano Barack Obama fez um pronunciamento à respeito do porte de armas, impulsionado pelo incidente na escola de Newtown, que deixou ao todo 27 mortos. Medidas serão tomadas para que haja um maior controle na compra e no porte de armas. Antes, no seu primeiro pronunciamento, fez um apelo sobre prestar atenção em como essas crianças estão sendo criadas.


É certo que a cultura bélica nasce do fato de que USA é uma super potência mundial, portanto deve estar preparada para ameaças externas e zelar pela sua própria segurança. Essa visão do estado influencia na postura do indivíduo. Em uma questão macro, nascem as oportunidades de assuntos para a ficção inclusive. E é aí que se torna uma questão cultural. Nesse âmbito é uma cultura muito difícil de reverter, principalmente depois de ter sido aprovada pelo legislativo do país.


Ao mesmo tempo, o acesso chega a uma população que não está preparada para "usar" da mesma forma que foram preparadas para comprar o produto. Sendo assim a oportunidade de acesso a arma faz a ocasião do disparo.

Parece loucura dizer isso, mas em que ocasião essas armas compradas devem ser usadas? Quando não é destinada à caça, se ter uma arma em casa representa segurança contra algum tipo de invasão porque balas reais não são substituídas pelas de borracha? Afinal homicídio, mesmo que em legítima defesa ainda é crime.

Seria preciso conhecer mais da constituição americana sobre armas para debater sobre esse assunto. Mas os motivos que levam as pessoas a atirar em alguém não são sempre dos mais racionais, muito menos comportamentais. Sociabilidade e felicidade  são comportamentos que podem ser facilmente dissimulados, assim como a falta de sanidade não justifica comportamento agressivo. Figuras como Hitler tinham um alto grau de inteligência e erudição e nem por isso se tornaram pessoas melhores.

Muitas dessas atitudes violentas podem estar relacionadas a reação à frustração. Por exemplo: formigas são seres altamente metódicos, organizados e que trabalham perfeitamente em grupo. Mas que diante de uma situação de desespero sucumbem ao medo e se suicidam. Experimente cercar um grupo de formigas com água em volta delas. Quando percebem que não tem saída, começam a correr agitadas de um lado para outro  até o momento em que se jogam na água e morrem. Assim acontecem com as pessoas também.

No caso do Adam Lanza seria bem oportuno saber se na infância ele sofreu algum abuso, em casa ou na escola, do qual a mãe dele não deu a devida importância. Talvez ele tenha se sentido desamparado pela pessoa que deveria protegê-lo. O fato do Adam ter ido a escola com os documentos de identidade do irmão, pode dar indícios de uma tentativa de tentar incriminar ele? Por que? Inveja? Ciúmes? E que tipo de ameaça fez a mãe do Adam Lanza querer ter uma arma em casa? O final trágico que culminou no suicídio do garoto, segue uma linha de raciocínio em que a conseqüência do que praticou , o levaria a prisão ou ser morto pela polícia. Pelo histórico de como essas coisas acontecem, ele  preferiu então o suicídio. Essa é apenas uma conjectura das questões que cercam esse incidente.

Além de criar alternativas para que essas frustrações sejam absorvidas de modo menos prejudicial para a sociedade, dispositivos de segurança e armazenamento poderiam ser disponibilizados pela própria empresa que fabrica. Além disso, punições mais severas para quem deixaram as armas ao alcance de quem pode usá-las indevidamente. Talvez isso proporcione uma conscientização maior sobre como o cuidado de ter onde guardar e quem terá efetivamente acesso é tão ou mais eficiente que a preocupação em comprar uma. Questões importantes para serem revistadas ao conceder a licença para o porte de armas, caso seja uma cultura difícil de ser eliminada.