domingo, 22 de junho de 2025
sexta-feira, 2 de maio de 2025
Instinto Materno - Parte 4
Todas cediam as facilidades, menos Joana. Ela era de uma contratação mais antiga de quando uma mulher comandava o negócio da agência , antes de vender sua parte ao mudar de ramo e ocupar o cargo senior em um banco estadual. E no seu contrato de trabalho, essas cláusulas eram proibidas, a época, isso a mantinha em segurança. Joana sentia falta da antiga gestão, mas o salário era bom, tinha um filho pra cuidar e melhores oportunidades não tinha surgido. Ela observava tudo em silêncio e cara fechada. Para evitar oportunismos. Era a última a sair, nunca participava das festas, nunca jantava com clientes. Mas os trabalhos em sua mesa empilhavam. Isso porquê, todas as mulheres da empresa pediam ajuda a ela pra agrada ao chefe, quando o assunto era trabalho. E sempre pagavam ou dividiam o prêmio. Ninguém nunca soube que ela estava por trás de 90% do sucesso da empresa. Andava sempre com estilo de roupa streetwear oversized, calçava conforto e praticidade , pois sempre tinha muito o que fazer,mas nas reuniões formais se vestia de forma clássica , nunca tinha atenção dos chefes, era totalmente ignorada nas premiações e mal abria a boca nas reuniões gerais. Mas lucrava.
Até que Joana começou a presenciar quando a situação começou a sair de controle. Um certo cliente começou a exigir atenção de uma dessas profissionais de atendimento e alegou se sentir traído. Esse cliente ligava aos finais de semana, exigia reuniões, stalkeava e chorava no telefone perguntando o que ele tinha feito, pra que ela quisesse sair com outros homens, no caso, o namorado. Em outro momento um cliente quis que ela exercesse serviços fora dos negócios. Teve casos em que o cliente queria casar e com a recusa ( e o riso), ligou para todas as outras empresas exigindo que todos se afastassem dessa ' usurpadora '.
Diante dessa situação, a comissão de proteção interna da empresa, tomou uma posição " drástica "! Proibiu que houvesse relacionamento entre funcionário e clientes. E fizeram uma campanha com regras de como tratar suas musas, porque antes de tudo eram funcionárias dessa agência , o front end da empresa e mereciam 'respeito' dentro dos seus hábitos. Algum tempo depois , tendo em vista a mesma fonte da reclamação, elas foram proibidas de terem relacionamentos estáveis em geral, com o objetivo de generalizar as regras, e manter as expectativas do cliente, alta. As que se atreviam, perdiam o luxo e a estima, porquanto o objetivo seria se manter disponíveis às necessidades do cliente.
Crises de burnout começaram a se multiplicar, enquanto funções profissionais começaram a ser esvaziadas. "É vocação da mulher cuidar e servir." Dizia o estatuto: " funções de administração e assumir a criação são hierarquicamente o papel do homem" ; " Os cargos de atendimento, secretariado devem ser ocupado por mulheres que.." descrevendo desde de idade a atributos pessoais, " as mulheres devem se comportar em reuniões formais dessa forma.." . ".. e os jantares devem ter características.." com descrição dos fatos. Os papeis sociais estavam estabelecidos.
domingo, 30 de março de 2025
Instinto Materno - parte 3
Nas semanas seguintes, foi apresentada ao programa de valorização das mulheres. As mulheres eram idolatradas e tidas como musas, nesse lugar. Faziam parte do programa de embelezamento, recebendo roupas e sapatos, atendimento de salão e estética pagos ou com descontos dados pela empresa. Eram recebidas com festa na empresa, as funcionárias que fechavam mais contratos, recebiam viagens de presente e as mais dedicadas recebiam até carros.
sexta-feira, 21 de março de 2025
INSTINTO MATERNO - parte 2
Já Mayara, nem tinha notado a sua presença, seu semblante era sério e determinado. Em sua mente, só verificava os saltos formais que tinha nos pés, com intuito de parecer mais alta que o normal, mas que não lhe dava a mesma dinâmica , que praticava em suas corridas. Que erro aquele salto provocou em suas expectativas! Naquele momento ela corria de ou para alguma direção, sempre focada em seus objetivos, que era como se sentia segura para tomar decisões. O momento em que pensava menos no impacto no seu joelho do que calçando um salto. Menos preocupações , dizia ela, capacidade de focar no que queria em todos os âmbitos da sua vida. Multifocada em seus pensamentos, não queria que aquelas preocupações lhe causassem descuidos que provocassem tendinites, que deixassem seu corpo fora de controle. As decepções não lhe impediam de correr. Ela apenas corria do que não se encaixava. Aquele salto, não era o que queria. Passos de pensamento que duraram o tempo de um lágrima.
Quando Luana entrou na sala da entrevista, foi recebida por jovem galã sorridente. Super falante, discursava sobre o imaginário criativo daquela empresa. Eram dois minutos ,entre uma pergunta de seleção e a outra, dizendo sobre os altos salários ,prêmios ,a Networking. "Mesmo que não faça carreira aqui, você poderá trabalhar em qualquer lugar, dizia ele. Pareceu extremamente promissor para Luana, atendia a sua necessidade de suprir as expectativas de futuro que seu pai planejou para ela.
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sexta-feira, 14 de março de 2025
INSTINTO MATERNO
Era um dia ensolarado, quando duas mulheres, uma de cada lado da cidade, decidiram que iam se candidatar em uma mesma empresa de publicidade, ao cargo de atendimento. Uma soube por acaso , em uma conversa informal com amigos. A outra estava dedicada já a algum tempo, pesquisado as agências da cidade e aquela empresa era uma das quais tinham aquele imaginário coletivo de um lugar cheio de criatividade ,alegria e respeito a próximo. Embora fosse muito consciente de qualquer empresa dessas tem um ambiente muito competitivo, resolveu tentar. Ambas tem a mesma idade, a mesma formação e habilidade profissional. Mas são filhas de pais com criação completamente diferentes.
Mayara, cujo os pais são mais velhos e viveram intensamente os anos 70's viveu em um ambiente cheio de referências dessa época, tanto musicais, quantos comportamentais, sobre conceitos de paz, liberdade sexual, preocupação com a coletivo e o meio ambiente. Então ela se via em volta por essa identidade, que mesmo se considerando uma pessoa mais urbana, existe uma certa admiração do qual ela se inspirava para viver a sua vida ,com um maior grau de moderação, até mesmo pelo fato de ser de outra geração.
Já a Luana, é filha de pais do anos 80's. Sua geração se dedicava mais ao trabalho, sendo extremamente pós modernista, focados em acumular riquezas através do trabalho. Era uma família que tinha uma condição de vida estável, mas porque eram extremamente regrados e metódicos com as finanças. Por isso conseguiram passar o tempo de crise estabilizar. Luana sentia o peso dessa pressão, que se refletiam em suas escolhas profissionais. Fazer o que gosta é em casa, diziam os pais, na rua a prioridade é por algo que renderia dinheiro.
sábado, 22 de fevereiro de 2025
As histéricas - parte final
Ambos, então, em decorrência do desligamento da empresa, estruturaram o plano de sucessão, relatando o seguinte problema:
O concorrente assumia muitos riscos pra se manter em primeiro lugar no mercado. Fazia muitos empréstimos, mas era resistente em fazer fusão. Era preciso esperar ele pagar a dívida, que tinha com o investidor , para que a opção de fusão fosse eliminada. Se isso ocorresse, tendo aporte muito maior, as duas lojas que eram o carro chefe do grupo inteiro, seriam engolidos pelo concorrente. Por isso , a escolha do sucessor precisava estar alinhado com a estratégia do mercado. Eles indicariam Carla.
- Carla? - Contestou o CEO. - Mas Carla é histérica, ela tende a ter atitudes infantis quando perde. Não vai resistir a pressão. Essas são as maiores filiais da empresa. É preciso alguém que saiba se relacionar no mercado.
E assim, o CEO escolheu Eduardo em seu lugar. A dupla foi contratada para uma grande empresa de consultoria. E de lá viu Eduardo assumir uma postura predatória, fazer empréstimos e concorrer pela aquela fusão, como só ele poderia fazer. Criou um grande evento para comunicar que o setor dele dominaria o mercado.
As consequências não poderiam ser mais trágicas do que isso. No já findo evento interno, os diretores não colaboravam mais entre si, irritados porque os financiamentos de suas filiais foram direcionado para outro evento, com contenção de despesas. E para receber seria necessário colaborar com o carro chefe; A concorrente fundiu com a multinacional e injetou 2 vezes mais o lucro anual, temendo os anúncios de Eduardo ; o CEO, atônito, tentava entender como tudo aquilo aconteceu. Eduardo endividou a própria empresa e não alcançou resultados que lhe tinha prometido , com sua estratégia . Enfim consternado, resolveu dá uma chance para Carla.
Infelizmente, Carla não estava mais lá. Tinha decido se mudar, porque a situação da empresa se tornou insustentável. Sentia frustração e se culpava por não ter sido ' racional o suficiente' para lidar com os fatos. E desvalorizada. Foi contratada por indicação da dupla; E a nova empresa tinha uma dinâmica bem parecida dos que encantava Carla. As pressões e os desafios eram maiores ,mas não incomodavam. Porque seu estilo e opiniões eram respeitados. Todos os momentos em que ela expressou medo e ansiedade, a equipe se reunia em volta do problema pra resolver o caso. E dava certo. Carla cresceu profissionalmente e ocupou cargos maiores do que Eduardo jamais teria, dentro daquele estabelecimento. E conduziu a sua empresa atual a ser líder do mercado.
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Agora é a sua vez de contar a sua experiência:,revisando o texto ' mulheres emotivas' como o que, ou quem, você se identifica?Quantas vezes você mulher foi tratada como histérica? Quantas vezes você julgou alguém como histérica? Quantas vezes você estava certo? Quantas vezes você estava errado?Revise o texto 'mulheres emotivas' e volte para contar. Volte mesmo! Faça comentários nos episódios da nova temporada e as empresas interessadas saberão, que vocês aceitam ser recompensados.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025
As histéricas - Parte 2
Das vezes que participou da disputa , Carla ficou em terceiro lugar duas vezes. Em uma ela questionou Eduardo, demonstrando profundo descontentamento. Com uma certa irritação, olhos cerrados, tom de voz severo. Ao tentar solicitar seu plano para sua filial, descobriu versão parecida ,no nome dele, que não tinha dado certo, portanto a sua versão foi negada. Na outra que enfrentou Eduardo , ela o questionou no dia da premiação.
- Esse show, é uma farsa! - Disse ela , para todos ouvirem , inclusive o CEO. - Ora, ora - disse Eduardo - Não seja uma histérica! Claramente está irritada porque não ganhou. Por certo, o seu plano não atende as necessidades da empresa.
Carla saiu irritada, dessa reunião , e não voltou a comparecer até a sua terceira e última tentativa. Foi quando venceu. Eduardo se aproximou, com grandes ares
de celebração , para lhes desejar felicitações, mas foi logo contido. Em seu discurso, ela disse reconhecer a conexão entre o esforço coletivo e o crescimento da empresa. Mas também
deixou a entender que atitudes individualistas não podem prevalecer contra o senso de propósito coletivo.
Muitos diretores de outras filiais aplaudiam , sem muito entusiasmo e em silêncio. Tinham entendido o recado. A fofoca já corria solta no bastidores. Carla não foi a única
vítima. O ceo , que não entendeu a mensagem perguntou a Eduardo: " Mas do que é que ela está falando?" - do qual replicou - " Ela só está sendo infantil! Não
se preocupe, deixei o plano dela diretamente nas minhas mãos pra evitar de levar dor de cabeça e reclamações para o senhor." - Resposta do qual o CEO um pouco confuso , concordou.
Os planos de Carla era deixar o CEO ciente do que acontecia nos bastidores, antecipando o problema para que isso não prejudicasse a empresa ,no futuro. Sem sucesso. Eduardo tinha bloqueado
todas as chances dessa reunião acontecer. Até o email era vigiado. Frustrada, contou sua frustração a Mariana. E a Pedro. Sua dupla e o único que tinha mais influência junto ao CEO,
do que Eduardo. Eles nunca participavam da disputa. Mas tinham poder de indicação.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
As histéricas
Tendo essa perspectiva social em vista vamos conhecer a história de Eduardo e Carla. Ambos trabalham na mesma empresa, em filiais diferentes. Ambos fazem parte de um grupo de diretores compostos por pelo menos 15 pessoas , administrando 17 regionais. Duas delas eram disputadíssimas! Com capacidade de gerar mais lucro e também de expandir para quatro. Ao mesmo tempo , os diretores dessas duas filiais receberam uma proposta de um grupo de outro setor em outra área de atuação e aceitaram . Essa dupla de diretores, embora em filiais diferentes, trabalhavam juntos e esse modelo de gerenciamento das lojas dava muito certo! Lucravam muito, tinha uma cartela de cliente fieis e conduzia a marca da empresa para outro patamar.
Carla estava encantada com aquele case de sucesso e admirava Mariana, uma das duplas, profunda e sinceramente. Várias vezes conversavam , trocavam experiências e conselhos. Mariana via nela, potencial e o objetivo era indicar como sua substituta, prevendo sua projeção de carreira para outro lugar. Por isso advertiu: " Vou te indicar ao conselho, mas quando estiver aqui tenha cuidado! Nós administramos riscos muito altos e concorrente muito fortes! O que nos consolidou, foi aproveitar os espaços que tínhamos para crescer. Por isso, quando estiver nessa posição, não tenha pressa. E não mude a estratégia até que determinada situação aconteça.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Pense como um Insighter
Todos nós somos o resultado de como nossa família nos criou, nosso pequeno universo de crença e valores. Do que amamos e do que rejeitamos. Do que vivemos e pensamos. E do que experimentamos.
Mas a vida não vem um com manual de instrução. E nem em modo teste. E assim perdemos grandes oportunidades de ter vivido, sentido ou construído algo com resultados diferentes. Quando consideramos apenas o ponto de vista individual, sem se responsabilizar ou entender o outro, a situação ou o ambiente como deveríamos, falhamos.
Falhamos como pessoa, falhamos como profissional e falhamos como sociedade. Nossos direitos individuais dependem do que fazemos no coletivo como família, como sociedade e como nação.
O papel que desempenhamos como parceiros, pais ou filhos, como empregados ou como patrões, como cidadãos ou governantes, segue um fluxo que dita o que somos e para onde vamos.
Quem é você? E aonde quer chegar? Como suas ambições e desejos pessoais constroem ou destroem , o ambiente a sua volta, as pessoas e os lugares? E quais são os impactos das suas ações, ou a falta delas, coletivamente?
The Insighters nasceu com uma missão de desenvolver no individuo, a capacidade de auto reflexão, sem julgamentos. Mas o conhecimento tem que ser uma relação causal, com as atitudes, senão perde a sua razão de existir.
Então fica a pergunta: De tudo que aprendeu, qual você pratica? Seja para se relacionar melhor com os outros, conquistar seus objetivos e desenvolver ,quanto para rejeitar, evitar ou reprimir. Com o que você se identifica para viver as suas realizações pessoais? Qual o seu legado para o mundo, para a sociedade, para as pessoas a sua volta? E como os outros te afetam positiva ou negativamente?
Nesse semestre está no ar a série, " Pense como um Insighter" , que estreia como objetivo de apresentar uma série de exemplos para discutir como você , nossa audiência , como aplicar na vida o modo Insighters de pensar. E queremos a sua participação para ensinar uns aos outros, dividindo e partilhando experiências relacionados aos assuntos correlatos, ou nos dizer o que você faria diferente.
Esperamos por vocês nos comentários de cada episódio de postagem.