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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O prazer solitário dos homens




Existem assuntos que são tratados como estritamente masculinos.

Um deles é o sexo. Não duvide que se eles pudessem, já teriam inventado um dispositivo que materializaria a garota dos seus sonhos. Unicamente para, dentro das quatro paredes, se 
satisfazer. 

Com a vantagem de fazê-la sumir com a força do pensamento, assim que virar pra dormir.

Qual o homem, sexualmente ativo, que nunca quis que aquele affair sumisse depois do prazer, que atire a primeira pedra. Não adianta negar, disfarçar, fingir, omitir. Em algum momento, aconteceu. A maioria só defende liberdade sexual feminina quando lhe é conveniente. Ou seja, a possibilidade de transar. 

E por incrível que pareça, essa atitude não está relacionada diretamente com o machismo. Tem mais a ver com o que o ato representa.

Sexo para o homem é muito mais importante do que pra mulher. Veja bem, em termos de importância e não em necessidade de satisfação. Está diretamente ligado à auto-afirmação e auto-estima. É como se fosse um certificado de que é capaz, viril, competente. Existe uma necessidade de se sentir importante e de provar o seu valor. Essa confiança adquirida dentro do quarto se reflete em todas as áreas da vida dele.

Só que para chegar ao nível satisfatório cada um tem seus próprios critérios. Dos mais comuns aos improváveis como: beleza, grau de facilidade, grau de dificuldade, virgindade, exclusividade, experiência (mais seletiva, crítica e exigente), quantidade, inteligência, qualidade, grau de embriaguez e etc. Nesse caso, toda a liberdade feminina fica sujeita a esse pensamento egocêntrico. Ou seja, não é liberdade. Como assim? Liberdade não é o acontece antes ou durante, se trata do depois.




Mas qual a consequência disso? 

Quando o homem tem o que ele mais quer segundo seus próprios critérios, inconscientemente qualquer outra forma de vínculo com aquela pessoa se torna irrelevante. Ele apaga da memória a existência de um ser pensante e só se concentra no que interessa a ele. O que acontece é que os interesses dele se estabelecem com prioridade desde o início. Tudo isso porque não precisou merecer aquela bendita transa por outro critério. A conseqüência disso é que ele não vai se importar com o que é importante pra a mulher e não deixará ela participar de decisões imprtantes que interfere na vida dele ou do casal, porque ela se tornou apenas a prova da sua masculinidade. 

Se engana quem pensa que essa conseqüência se aplica  isoladamente apenas na relação do homem com uma garota que não estabelece critérios. O comportamento de apenas uma tem o efeito multiplicador porque os homens generalizam. Eles tratam a atual como tratava a anterior. Ou ainda tentam se comportar da mesma forma que o ex dela pra tentar agradar/afastar. É por isso que muitas vezes se frustram, ficam confusos e perdidos. Não estão acostumados a lidar com quem exige um pouco mais.

Quer dizer que o sexo não deve ser tratado como importante?
resposta: sexo nunca vai deixar de ser importante. 

Mas em quê essas coisas podem modificar o comportamento masculino? E como uma mulher deve se comportar? São questões que poderiam ser pensadas um pouco mais.


Ah, se liberdade sexual fosse apenas liberdade..