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sábado, 24 de dezembro de 2022

A moda que importa

 


Se por acaso existisse um amigo secreto 
(secret santa) entre   celebridades?  Hipoteticamente, digamos que esse site tenha por amigo secreto , Florence Pugh, qual a melhor forma de presentear uma celebridade? Imagem é muito importante no meio artístico, então apenas observando o que costumam vestir não é suficiente, para cada um expressa a identidade que nos tornam únicos, e por fim se reflete em como falamos, agimos , nos comportamos e por fim como nos vestimos.


Florence tem uma personalidade extremamente forte e determinada, ao mesmo tempo que demostra ter apreço por segurança e estabilidade. Dificilmente se deixa levar pelas opiniões dos outros e encara os ambientes desafiadores como forma de obter reconhecimento, pelo seu esforço e dedicação.

 


Claramente , Florence não é old money fashion , mas como uma típica inglesa vive e trabalha no meio dos que são. A elegância é uma forte característica ligada à tradição. E é preciso se adaptar a esse ambiente que é extremamente definido pela aparência. New money fashion é o que caracteriza o processo de ascensão social, a mobilidade entre classes. Por outro lado, anda por entre os herdeiros, não significa , querer se tornar um deles. E sim expressar uma marca , uma comunicação e uma mensagem. E afinal é disso que se tratam desfiles e tendências lançadas em fashion weeks no início de cada estação.


Por esse mesmo motivo que não dá pra entregar a responsabilidade de sustentar o estilo pessoal nas mãos de um processo de consumo industrial que é feito para o mercado. A tendência tem como objetivo expressar as características de um tempo, de um período ou de uma conjuntura de necessidade popular e patronizar, sem necessariamente identificar a individualidade de cada pessoa.


Essa é a confusão que leva a cair no erro de pensar que, em copiar o estilo de outra pessoa, é possível se apropriar , daquele gosto, daquela identidade ou daquela forma. Uma cópia é só uma cópia. Um molde vazio. No final o que acontece é perceber que a pessoa não se comporta de acordo como a mensagem quem veste. Ou no mínimo, acaba vestindo a ideia de outra pessoa.


Com Pugh não é diferente. Sua personalidade forte não se reflete nas suas roupas. Não pelo que lhe falta ,mas pelo o que sobra . Com isso fica refém de vestir, o que os outros querem que ela seja. É possível deixar sua marca no mundo fashion, sem tentar parecer outra coisa. A começar pelas cores: ela sempre fica bem com tons fortes e fechados: vermelho, azul , verde , sempre em suas versões mais sóbrias. Enquanto a maquiagem pode ser manter alinhada com o seu tom de pele. O seu estílo é o punk rock, o que significa cortes ousados e rebeldes. Seus melhores decotes sempre são as fendas nas costas com pouco romantismo ou cores suaves , especialmente na parte superior. De preferência , fendas verticais assimétricas e busto mais justo, tipo envelope ou armadura, retomando algum indício de romantismo da cintura para baixo. Por fim , a rebeldia está nos detalhes, uma vez que os modelos clássicos podem absorver os seus tons e a sua mensagem.

Se fossem presentes , os seguintes o modelos chegariam em sua casa:


Alberta Ferratti


  E motivo da escolha desse vestido como uma opção que gostaria de ver a Pugh vestindo, é porque tons de rebeldia se expressam de forma inesperada.


  









Burberry 2018



Já essas opções são modelos com estilo tradicional , embora a paleta de cores diz exatamente oposto.











Segue abaixo algumas sugestões pra se inspirar ,para quem se identifica com o tema :





segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

O lado obscuro da força

 

Como você escolhe de " que lado " se posicionar na vida ? Você deseja estar do lado do 'bem' independente se isso te proporcionará maior ou menor grau de adversidades? ou prefere ser mau para conseguir o quer a qualquer custo , independente das consequências que isso provoque? Prefere ser bom naquilo que faz , sabendo que será desafiado pela  cobiça alheia, ou ser ruim não é importante desde que tenha a capacidade de deixar o seu entorno abaixo de você? Essa deve ser uma reflexão silenciosa , pra que possa avaliar o cerne das suas atitudes, de forma honesta.  Mas não é um texto para ensinar a ser bom ou sobre o que é ser do bem.

Ser uma pessoa malvada não é um problema hoje em dia. Moralidade passa por mudanças ao longo do tempo. O que nunca muda é a necessidade de prevalecer sobre  o outro naquilo  que almeja , a qualquer

custo, sob qualquer  circunstância. Antes de existir organizações sociais e até mesmo o conceito de moral, o que prevalecia era o instinto de sobrevivência, que apenas considerava uma das mais básicas e primitivas necessidades humanas. A medida em que foram formadas estruturais sociais , surgiram outras necessidades, como as de poder , reconhecimento e riquezas que não são essenciais para a sobrevivência. Dos quais também nasceram a necessidade de status. Condecorações e proezas diferenciam e separam um ser humano do outro por classes. Desde então foi construída uma ordem política em torno.


Star Wars é um filme que revolucionou o cinema ao contar a história pela ótica do malfeitor. Nele é descrito a trajetória de um homem  até o lado obscuro da força. Definições filosóficas classificam 3 formas para isso aconteça: A fraqueza, o ressentimento e  a sociedade.

 A fraqueza acontece a partir do momento que a capacidade humana é condicionada a imposição de limites no outro. Quando alcançar um objetivo não depende da competência, habilidade e aptidão  pessoal e compele a submeter  todo ambiente , a uma condição inferior. Seja por lei, por castração do outro, ou pela força.

O ressentimento é o que condiciona a fraqueza. A insatisfação é o impulso motor que projeta a reação de tirar dos outros, aquilo que se almeja. Quando uma pessoa fraca  não está feliz consigo mesma, o meio de obter o que se quer , é destruindo quem tem. É o que torna as pessoas em más.


Já a sociedade é o que glorifica essa condição. Primeiro por motivos econômicos. É necessário que insatisfação seja um motivo de compra. O descontentamento leva a comprar com o objetivo de se comparar ao outro ou pra provar alguma coisa. E não apenas pelas necessidades básicas de sobrevivência. Já as pessoas satisfeitas na vida, no trabalho, no amor consomem menos. Em segundo lugar é sobre a diferenciação de classes. É necessário um objeto de comparação. Mas riqueza , poder e beleza são os valores base de um sistema conservador e aristocrata cujo a fraqueza é manter outras classes sob domínio e submissão.


Atitudes como caridade por exemplo, não é uma demonstração de bondade, e sim a manutenção de uma posição. Por outro lado quando tem sua riqueza, status  ou beleza desafiados, suas fraquezas se manifestam. O outro fator é o poder. Cujo o terceiro motivo e mais perigoso , é a concentração de poder baseado na força como forma de governo. O hábito das atitudes individuais é o que levam a aceitação de regimes políticos dos quais os identifiquem. Daí nasce a moral da tirania.
















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1705/2012// Revisado

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Como qualificar e viralizar conteúdo


Qualificar e viralizar conteúdo , tão simples quanto 20 postagens por dia, 7 vezes na semana, 50 comentários respondidos por hora , certo? Basta dizer o quanto você se importa com o meio ambiente: as árvores são lindas ; vamos todos juntos fazer uma saudação ao sol com uma salva de palmas!

Seja você um influenciador formalizado ou uma empresa, quiçá até um simples cidadão querendo chamar a atenção dos amigos, a tecnologia nos proporcionou várias formas de espalhar nossa “ mensagem ” para o mundo. Com os diversos apps , você expressa sua opinião, faz dancinha coreografada e mantêm a defesa de um estilo de vida. E onde tem gente, as empresas vão atrás pra se enturmar , entreter e vender.


Esse é um mercado que se estabeleceu de uma forma muito orgânica, a medida que se multiplicaram tecnologias que possibilitaram usar recursos, antes exclusivos do campo publicitário. Cada indivíduo virou seu próprio comunicador, em seu próprio clubinho de fama. Desde então surgiram várias questões: as empresas precisam de intermediários para chegar no cliente? ; os influenciadores podem competir contra agências? ; como ficam a relação das marcas com o público? ; como ficam as relações da marca com a agência? ; e os resultados?


O mercado, que antes era só a publicidade de 30 segundos no intervalo de um show na TV, agora se desdobra pra adaptar, e controlar, novos formatos do qual não tem todo o controle ( e a conta ) em suas mãos. Porque todo mundo pode ser um potencial apresentador, comunicador ou artista, atraindo um grande público de forma orgânica, organizada e fiel.


Não sei se você entende a guerra que começa a partir desse ponto. Publicidade é um mercado que gera bilhões de dólares corrente. Que de repente foi ameaçado e desafiado por um fenômeno chamado internet. A indústria do entretenimento em todo o mundo, mudou em prol de um simples clique. Porque além de tudo, oferece resposta imediata.


Desde então surgiram regras e até legislação , governamental ou não, que limitam a atuação desses novos tipos de celebridades em prol da proteção de um mercado. São os monopólios interferindo no livre mercado. Quem perde com isso? E quem ganha? Essa nova profissão, que não é devidamente regulamentada, a não ser que se denomine como artista, fica a mercê do escrutínio de um grupo que impõe as barreiras que lhe for melhor conveniente. E esse novo profissional está pronto pra enfrentar o domínio de uma concorrência imperfeita? Ou está iludido pela busca da fama fácil ?


Até que se estabeleçam protocolos, ninguém está seguro. Nem as marcas. Até porque o outro lado da fama é achar que pode tudo. Desde a cultura do cancelamento, sabotagens , fake news até a incitação ao ódio, por deboche ou diversão. Quando as pessoas querem aparecer, porque consideram como um prestígio serem vistas como importantes, estão dispostas a tudo. Não há barreira de entrada que estabeleça um código de conduta. Questões jurídicas como difamação e calúnia ou problemas de copyrights, acontece muito nos bastidores impedindo que se estabeleça um serviço regular certificado. Então cabe às marcas identificar e filtrar interesses que defendam a sua imagem.


O conteúdo, que dependendo da faixa etária e do público , deixa um grande impacto a longo prazo. Porque viralizar padrões de comportamentos que serão admirados e imitados. Se tornaram o substituto da televisão. Qualquer serviço de comunicação e entretenimento tem critérios que normalmente são os projetados para o consumo. E que tem seus limites estipulados por órgãos públicos como o CONAR. Na internet não, o foco maior é auto promoção e a popularidade instantânea. Nem sempre a pessoa se responsabiliza por aquilo que fala ou como afeta aos outros. 

 A audiência requer ser encarada com profissionalismo. E como qualquer outro ofício é preciso entender que faz parte de um contexto social maior do que aquela fantasia por reconhecimento. A distribuição de conteúdo é um desafio para publicidade, que tem que captar a atenção nos primeiros segundos e hoje regulado por uma série de algoritmos de plataformas cujo já existem critérios de consumo. Quem comanda o investimento, é quem detêm o poder de decisão para manipular o mercado.


Vocação é uma aptidão natural para exercer um trabalho de acordo com um plano de carreira ,diferente da fama cujo talento não requer compromisso. Quando aliado a alguma profissão que já faziam parte dos planos individuais, talento e vocação se unem para um propósito. A fama por si só, não é capaz de sustentar uma carreira estável , tanto o recurso quando a audiência são voláteis em um mundo onde pode surgir subcelebridades por segundo e a concorrência com o mercado formal pode ser avassalador. Só no Brasil existem cerca de 9 milhões de influencers.

 
O bom de aproveitar o momento é conhecer pessoas e interagir de forma respeitosa, ampliar o círculo de amizade e possibilidades. A internet pode ser uma praça, para se comunicar, promover debates, socializar. Como uma prática ao ócio, a possibilidade de se informar, como uma segunda atividade e dedicada ao lazer e a diversão. Mas sempre tendo em mente que é também um lugar que possibilita o negócio do entretenimento e por isso possui várias vertentes que vem com uma bagagem viciosa de vários outros formatos.







(10/07/2012)13:41

terça-feira, 10 de março de 2015

Vídeo : Why work doesn't happen at work








Por que o trabalho não acontece no trabalho?

Boa,pergunta!
Esse é um vídeo antigo mas atual.
Está em inglês





let´s go level up,
let´s go to level up

domingo, 5 de outubro de 2014

Aborto

Esse não será um texto para defender ou rejeitar a pratica do aborto. Eu tenho minhas convicções pessoais, mas existe uma realidade que é ignorada quando se fala nesse assunto. A descriminalização já acontece de forma total ou parcial em muitos países. Na América do norte e em grande parte da Europa, ele é legalizado em qualquer situação, mas na maioria dos países subdesenvolvidos, não é. É preciso provar que há má formação do feto ou risco de vida, mediante consulta médica para dá o diagnóstico e no caso de estupro é preciso fazer uma ocorrência. Não se faz uma ocorrência de um “acidente”, mas de um crime. E às vezes até para vítima é difícil reconhecer, principalmente quando se trata de uma pessoa próxima. Esse é o caso mais complicado. Quando não é um estranho, ladrão, pobre e sujo, não querer denunciar por medo de ter cometido um engano, por medo da violência ou até de causar uma situação constrangedora entre amigos. De qualquer forma, pra efetuar o aborto é preciso comprovar o crime na delegacia. Coisa da qual nem todo mundo está disposto a fazer, e quiçá é até aconselhada a deixar pra lá, ouvindo coisas do tipo “vai prejudicar fulano por causa disso?”, ”foi sem querer.”. Essa decisão se torna extremamente pessoal, não cabe a terceiros decidir por ela.  A ofendida que tem que dizer se foi ou não um crime e se ela disser que não, mesmo que tenha sido, ou por mais que tenha se arrependido nenhuma outra pessoa poderá fazer a denúncia no lugar dela.


Quando não é esse o caso e a mulher engravida mesmo assim, o que dizer de pessoas que não tem o desprendimento de dividir com um responsável ou um familiar o problema? Na maioria das vezes, quem assume esse papel são mais irresponsáveis ainda. Não é difícil você entrar em uma sala de aula e achar alguém que conheça quem já tenha feito um aborto, sem que os pais soubessem. Na maioria das vezes não diz nem que transou. E para reparar o erro, como faz?



10% dos casos de morte das mães gestantes são por causa de tentativas de aborto espontâneas ou provocadas. O SUS (sistema único de saúde) usa o método de curetagem, uma prática que não é  das mais seguras, além disso, pode recorrer na justiça sobre a necessidade de fazê-lo, como ocorreu com uma mulher em 2010. A senhora, casada, morava no Ceará e resolveu abortar por causa da gravidez de risco. O hospital recorreu da decisão, alegando só fazer o procedimento com a autorização da justiça. Não houve tempo hábil para um recurso e o bebê nasceu morto. A gestante morreu no dia seguinte após uma parada cardíaca (caso ocorrido em 2010 segundo relatos da reportagem).



O aborto clandestino é a quinta causa de morte materna no país e a cada um milhão de abortos 250 mil são internas por causa de complicações 

no procedimento. Foi o que aconteceu em Pernambuco quando uma adolescente de 15 anos ficou grávida do namorado e coube ao pai dele planejar o aborto dela. A garota foi levada, contra a sua vontade, a um técnico de enfermagem conhecido por fazer abortos clandestinos na região. O aborto deu errado, resultou em uma hemorragia e os “responsáveis” deixaram ela na frente de um hospital, praticamente morta e foram embora.


Como o aborto é um procedimento cirúrgico, todo cuidado é pouco inclusive no manuseio das ferramentas que podem causar infecções se não forem corretamente esterilizadas. E são métodos extremamente invasivos e traumatizantes.


Nas primeiras semanas os abortos são feitos de forma química, remédios ou chás que induzem a contração do útero até que o feto se solte da parede, simulando uma menstruação. O remédio só se encontra clandestinamente, e por conta do alto risco de contrabando tem grandes chances de ser falsificado. O chá pode causar intoxicação, enjôos, vômitos, hemorragia em excesso e morte inclusive se consumido em excesso.

A sucção é um método em que um tubo é introduzido no útero pra aspirar às paredes e sugar o feto, podendo ser 29 vezes mais forte que um aspirador de pó. Além de infecção, pode dilacerar e perfurar o útero.


Dilatação e evacuação é um método do qual o útero é dilatado e uma espécie de tesoura vai cortando e raspando o feto até que as partes sejam totalmente retiradas. Também há riscos de perfuração do útero.


Envenenamento salino é um método onde é injetado um veneno no fluido amniótico, que queima o feto, causando espasmos, vasodilatação generalizada, inchaço, congestão, hemorragia, choque e a morte. A gestante entra em trabalho de parto para dar a luz a um feto morto.

Cada procedimento desses é feita de acordo com o período da gravidez que o define. Mas você acha que alguém pensa nisso quando se quer se livrar de um problema? Até que ponto colocar a própria vida em risco, pare esconder um problema vale a pena? Também gostaria de saber dos pais se matariam ( sim, desfazer-se)  a criança que nasceu de uma gravidez não planejada, agora. Há algum arrependimento de ter deixado ela viver?
Se não, se está tudo bem, se ela poder ser suprida e alimentada então a questão está encerrada.




segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Jornalismo na era da overdose de informação






Nessa época da supervalorização de conteúdo, o jornalismo tem sido alvo fácil do descrédito de uma população jovem, que se intitula muito bem informada, ao ponto de desmerecer os meios tradicionais de informação.  Entre jogo de palavras e conclusões superficiais, vai se formando uma geração que entende pouco do muito que lê. E por não ter referências, consegue facilmente se deixar acreditar em conclusões que demonstram ser tão partidárias, quanto aquelas em que se queixam contra.


O jornal surgiu pela necessidade de propagar resoluções do governo que atingia a todos, que entre outras coisas atendiam aos interesses de classe do império romano. Também, Cesar se utilizou a ACTA DIURNA para informar sobre conquistas militares e políticas, mas suprimindo derrotas e escândalos. O jornal era feito manualmente através de vários correspondentes para acompanharas notícias.

O jornalismo tem por objetivo a propagação da informação comum à população, mas ela nunca foi imparcial. Há os partidários políticos conservadores ou radicais, há os partidários da verdade, há os que atendem a interesses empresariais e os que omitem por interesse próprios de visibilidade ou fama.





O que muda é a capacidade que um meio de comunicação tem de influenciar na opinião comum em momentos históricos, como quando fez valer a sua importância na época da revolução francesa.Nesse momento a propagação do debate se tornaria um fator relevante, em uma ocasião que simplesmente mudou os rumos da humanidade através de disputa não apenas de poder, mas que resultou em exemplo de constituição de direitos humanos e democracia no mundo todo.Para quem já folheou o jornal pasquim conhece como a crítica política é feita através de charge, porque também foi um veículo de comunicação importante na época da ditadura.




Hoje, o que se vê é uma disputa por audiência que inverte os valores da comunicação em troca de um público cativo do qual precisa chamar a atenção. Um público que se aliena ainda mais porque não sabe pelo que lutar ou o que defender ainda que tenha acesso diário a uma overdose de informação. Se apoiam em lideres anarquista que nem entendem o que dizem, mas afirmam confiadamente que o futuro da comunicação está na deepweb. E para tornar cada vez mais forte a sua própria influência sobre a massa de manobra que construiu, dispara suas armadilhas de sofismas diárias pra induzir ao erro. E induzir uma pessoa a tirar conclusões precipitadas sobre algo ou alguém, passa longe de ser brincadeira e ultrapassa as barreiras da manipulação. Portanto há quem pratique tudo aquilo que diz lutar contra, sem ao menos se dar conta disso. O melhor tipo de massa de manobra é aquele que não se considera um.

A Deepweb é considerada quase um templo mor daqueles que julgam a tudo a todos que estejam fora dela, como hipster.Um fruto da internet, que começou a existir a partir das necessidades militares de comunicação.
Em 2013, 43 jornalistas foram mortos 
Ela é de fato uma ferramenta muito importante de comunicação hoje, porque lá o jornalismo onde os países ditatoriais proíbem a livre opinião, acaba se tornando um lugar seguro para a divulgação de informação em tempo real do que acontece.  Mas a questão é que apenas o fato de uma busca não estar em um buscador regulamentado como google, não torna ninguém mais cidadão ou menos alienado. Qualquer pessoa que tenha uma base escolar satisfatória ao ponto de saber que Tiradentes foi um manipulado ao invés de herói e que o EUA não teria conquistado a sua independência sem a ajuda da França, não se impressionaria ao se deparar com fatos ou dados, antes não difundidos.

A livre opinião é o que torna o cidadão mais consciente do seu papel na sociedade, aceitando pacificamente ou não. Mas uma sociedade cega pode se tornar tão facilmente manipulável quanto radicalmente anarquista. E o melhor exemplo disso é ir pra rua sem saber sobre o que lutar. Uma massa unida, mas sem unidade é como uma onda que passa, faz seus estragos e não muda nada.

Cultura da impunidade

É importante ressaltar que a falta de crítica empobrece todos os setores da sociedade, que, teoricamente se transforma para melhorar. Os meios de comunicação são importantes para a democracia, assim com os críticos são importantes para consolidar uma opinião. O medo de que uma população consciente seja a causa do anarquismo, pode se vencido a partir do momento em que se tem a exata noção de que lutar pela igualdade não é quebrar tudo e consumir melhor não é consumir menos. Os desafios se tornam maiores a partir do momento em que a qualidade em todos os níveis de produção tem que seguir juntas e que decadência de alguns setores não se torna um vácuo, será inevitavelmente transformada em outra coisa.



Mas quando se fecha olhos para o que está acontecendo a fim de obter um resultado imediato, é em longo prazo que se percebe a degradação que acontece em cadeia sem possibilidade de cura. Uma sociedade com má formação não produz bons frutos.




segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O limite da cantada - Parte I




Alguns cérebros femininos não conseguem entender que os garotos têm os mesmos medos, inseguranças, dúvidas e hesitação que elas.

Deve ser difícil mesmo para os homens saber como se posicionar. Mulheres não são tão objetivas quanto acham que são. Homens não são tão intuitivos e seguros de si como costumam demonstrar. E até o momento, não há nenhuma publicação de um código de conduta universal de como se comportar em uma paquera eventual. Mas apesar de não estar por escrito, existe um código implícito que independe de palavras pra que exista (e mais, para que aconteça) que é o da ação e reação. Mulheres subestimam demais isso. Como? Com um não que quer dizer talvez, como um talvez que quer dizer nunca, com um sim que quer dizer talvez e assim ad infinitum. E quando pensam já felizes que estão no caminho certo, recebem uma balde de água fria, que os deixam confusos e tímidos.

Mas como homens e mulheres devem agir?

Pensando na motivação de um homem para soltar uma cantada casual e desavisada, chega-se a conclusão que elogiam de acordo com seus próprios valores como uma projeção do que é importante serem reconhecidos neles mesmos. Ok,acontece com qualquer um independente do sexo, mas o reconhecimento é mais importante para o homem do que para mulher em algumas questões específicas. Então ele faz questão de reconhecer os atributos de uma mulher e mostrar desejo da mesma forma que pra ele é importante ser reconhecido e desejado. Assim nascem as cantadas masculinas, desde as mais despretensiosas às atrevidas.

Existem várias formas de se posicionar sem que ultrapasse o limite do desejável.




Se quiser a aproximação ao ouvir uma cantada, já é o suficiente motivar à pedir o telefone ou no mínimo a um bom papo. Caso contrário o melhor a fazer é receber a cantada com a leveza que lhe cabe e agradecer que o recado vai estar dado, de forma que indique que não queira nada mais. Se a cantada for mesmo desagradável, basta ignorar, que uma pessoa com um mínimo de sensibilidade saberia identificar. Mas e se a cantada partir de um alguém próximo? Deve-se cortar a amizade por causa de uma tentativa mal sucedida?



O problema começa quando o limite do respeito é ultrapassado. O que pode acontecer de duas formas: quando há uma intimidação pelo poder ou pela força. Por exemplo, chegar agarrando é agressivo. Invadir insistentemente o espaço do outro, tocar em sem permissão, é intimidador. Nessa mesma linha de agressividade é o se valer de uma posição, cargo e até mesmo do anonimato de forma inconveniente e hostil para tentar seduzir ou agarrar uma mulher.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Armas para elefantes





 A idéia de segurança que é vendida para justificar a existência das armas na casa de civis, é o principal argumento de quem é à favor da comercialização do produto. Mas não é a principal razão. Porque se o verdadeiro motivo viessem a tona, muitas pessoas perderiam com isso. E depois de tanto território conquistado por um grupo mais preocupado com seus próprios interesses do que com o bem comum, dificilmente abririam mão do status quo.

Em um país onde as leis funcionam, mais do que retirar poderes já conquistados (que podem servir de argumentos à interpretações oportunistas ) a principal preocupação seria em punir os responsáveis pelo armazenamento da arma. Ou aquele que está registrado como o dono da arma. Assim como os pais são judicialmente responsáveis pelos atos dos filhos até que complete a maioridade ,os donos das armas deveriam ser judicialmente responsáveis pelo uso inconseqüente independente de quem seja o autor do disparo. Talvez isso obrigue o cidadão a ter uma atenção maior a quem pode ter acesso a ela.

Comprar um projétil não é como comprar pão na padaria. Existe um cadastro assim como uma associação. A questão é: o quão rigoroso é o sistema até o cidadão comum conseguir a licença de uso?  Se a compra é por questões de segurança, pode ser algo a ser confirmado de acordo com os índices de violência da região ou estado que mais se compra para saber da real necessidade de ter uma arma em casa. Esse pode ser um fator determinante, principalmente pra regiões distantes das áreas de caça. Esses dados pode informar o tipo de projétil permitido em determinada região. Quanto menos violenta, menor o poder de fogo ou o calibre da arma permitido no estado. 

Conflitos internos, na residência ou de familiares próximos que possam gerar acidentes causados por  temperamentos explosivos ou descontrolados podem contribuir como fator limitante do acesso a compra de uma arma?

Quando o objetivo da compra é a caça,  o melhor que pode ser feito é limitar o território em que podem ser usados os rifles. Além disso a compra do armamento de caça deveria ser definido de acordo com a experiência , o histórico de incidentes registrados na polícia do uso impróprio - mesmo  que fosse apenas por defesa - e capacidade de um armazenamento seguro e livre de acesso por intrusos.

A indústria poderia colaborar sendo obrigada a produzir e vender um dispositivo de trava manual com chave de acesso individual para o gatilho do projétil. Outra medida seria diminuir o poder de fogo da bala, principalmente das armas de calibre menor, ao qual o indivíduo comum tem acesso mais facilmente. Ou substituir por balas de efeito moral, como são as de borracha. Soluções de armazenamento seguro serão facilmente produzidas se a lei assim quiser.

Essa é uma forma de evitar que o perigo chegue até as escolas. Mas para evitar que pessoas sejam inconseqüentes ao ponto de cometer essas barbaridades, requer uma análise mais profunda e punições mais direcionadas. O texto acima não se trata de apoiar a compra de armas pela população civil, mas sobre opções de minimizar os estragos causados por um sistema já implantado. Campanhas de conscientização da responsabilidade da sociedade intrínseca em um caso isolado, tem o poder de transformar a ignorância em atitudes práticas mais eficazes.


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Violência versus a cultura norte americana do porte de armas











Ontem, dia dezenove de dezembro, o presidente americano Barack Obama fez um pronunciamento à respeito do porte de armas, impulsionado pelo incidente na escola de Newtown, que deixou ao todo 27 mortos. Medidas serão tomadas para que haja um maior controle na compra e no porte de armas. Antes, no seu primeiro pronunciamento, fez um apelo sobre prestar atenção em como essas crianças estão sendo criadas.


É certo que a cultura bélica nasce do fato de que USA é uma super potência mundial, portanto deve estar preparada para ameaças externas e zelar pela sua própria segurança. Essa visão do estado influencia na postura do indivíduo. Em uma questão macro, nascem as oportunidades de assuntos para a ficção inclusive. E é aí que se torna uma questão cultural. Nesse âmbito é uma cultura muito difícil de reverter, principalmente depois de ter sido aprovada pelo legislativo do país.


Ao mesmo tempo, o acesso chega a uma população que não está preparada para "usar" da mesma forma que foram preparadas para comprar o produto. Sendo assim a oportunidade de acesso a arma faz a ocasião do disparo.

Parece loucura dizer isso, mas em que ocasião essas armas compradas devem ser usadas? Quando não é destinada à caça, se ter uma arma em casa representa segurança contra algum tipo de invasão porque balas reais não são substituídas pelas de borracha? Afinal homicídio, mesmo que em legítima defesa ainda é crime.

Seria preciso conhecer mais da constituição americana sobre armas para debater sobre esse assunto. Mas os motivos que levam as pessoas a atirar em alguém não são sempre dos mais racionais, muito menos comportamentais. Sociabilidade e felicidade  são comportamentos que podem ser facilmente dissimulados, assim como a falta de sanidade não justifica comportamento agressivo. Figuras como Hitler tinham um alto grau de inteligência e erudição e nem por isso se tornaram pessoas melhores.

Muitas dessas atitudes violentas podem estar relacionadas a reação à frustração. Por exemplo: formigas são seres altamente metódicos, organizados e que trabalham perfeitamente em grupo. Mas que diante de uma situação de desespero sucumbem ao medo e se suicidam. Experimente cercar um grupo de formigas com água em volta delas. Quando percebem que não tem saída, começam a correr agitadas de um lado para outro  até o momento em que se jogam na água e morrem. Assim acontecem com as pessoas também.

No caso do Adam Lanza seria bem oportuno saber se na infância ele sofreu algum abuso, em casa ou na escola, do qual a mãe dele não deu a devida importância. Talvez ele tenha se sentido desamparado pela pessoa que deveria protegê-lo. O fato do Adam ter ido a escola com os documentos de identidade do irmão, pode dar indícios de uma tentativa de tentar incriminar ele? Por que? Inveja? Ciúmes? E que tipo de ameaça fez a mãe do Adam Lanza querer ter uma arma em casa? O final trágico que culminou no suicídio do garoto, segue uma linha de raciocínio em que a conseqüência do que praticou , o levaria a prisão ou ser morto pela polícia. Pelo histórico de como essas coisas acontecem, ele  preferiu então o suicídio. Essa é apenas uma conjectura das questões que cercam esse incidente.

Além de criar alternativas para que essas frustrações sejam absorvidas de modo menos prejudicial para a sociedade, dispositivos de segurança e armazenamento poderiam ser disponibilizados pela própria empresa que fabrica. Além disso, punições mais severas para quem deixaram as armas ao alcance de quem pode usá-las indevidamente. Talvez isso proporcione uma conscientização maior sobre como o cuidado de ter onde guardar e quem terá efetivamente acesso é tão ou mais eficiente que a preocupação em comprar uma. Questões importantes para serem revistadas ao conceder a licença para o porte de armas, caso seja uma cultura difícil de ser eliminada.






quinta-feira, 29 de novembro de 2012

The music : A melodia




O dom de mexer com o sentimento das pessoas, relembrar momentos, despertar sensações do riso ao choro é inerente ao ritmo. O embalo daqueles 3 minutos de letras ritmadas pode despertar numa pessoa uma infinidade de emoções.

Talvez não seja nada demais para quem não dá tanta importância a música tanto quanto para aqueles que vivem a música. Independente do rótulo de cult , rocker ou popular e independente da língua, o ritmo trás nele mesmo um discurso por si só. Por exemplo, mesmo se retirarmos a letra de 5 canções para escutar apenas a melodia, você consegue reconhecer qual delas transmite a sensação de querer conquistar o mundo, qual desperta melancolia e depressão, aquela que te deixa mais sentimental e romântico, a que aflora a sensualidade e a que faz desejar pular de alegria e ser feliz.

Faça o teste. As vezes a letra diz um discurso completamente inverso ao do ritmo, mas o que prevalece é o que a melodia consegue despertar nas pessoas. A voz acompanha como numa espécie de complemento da sinfonia, um instrumento a mais para deixar a melodia completa. 

A atração pela música, o encantamento é despertado quando se encaixa no cotidiano de alguém, seja propositalmente ou por acaso. Por isso a letra é importante porque  convence enquanto a melodia atrai.

Essa é uma pesquisa de ritmos e do que a sonoridade é capaz de despertar nas pessoas, cabível a um profissional ou músico. Ter a habilidade de captar esse feeling  para poder dosar o quanto de cada elemento deseja inserir na música , que esteja de acordo com o efeito que almeja produzir no público e a mensagem que deseja passar com aquele som. Esse olhar do músico pode ser tão desenvolvido ao ponto de se tornar algo que flui naturalmente. E assim nascem os grandes sucessos genuinamente autênticos.